Festival F lançado para «afirmar Faro» e motivar os farenses

Chega com «a vontade de afirmar Faro e provocar uma maior motivação e autoestima dos farenses», através da aposta em […]

Joaquim Guerreiro_Impressões_1Chega com «a vontade de afirmar Faro e provocar uma maior motivação e autoestima dos farenses», através da aposta em nomes bem conhecidos da música portuguesa. O Festival F vai dar vida à Vila-Adentro de Faro, sexta-feira e sábado, 5 e 6 de Setembro, e testar um conceito novo, ao nível de eventos, na capital algarvia.

A iniciativa resulta de uma parceria entre o Teatro das Figuras, a Câmara de Faro e a empresa municipal farense Ambifaro, que pretendem fazer «um festival na Vila-Adentro, que vai procurar trazer os nomes emergentes da música portuguesa».

«Vamos ter bons nomes, os que têm passado pelos grandes festivais de Verão e que têm surpreendido», revelou o diretor-delegado do Teatro das Figuras Joaquim Guerreiro e co-programador do Festival F.

O responsável pelo teatro farense foi o convidado do programa radiofónico «Impressões», dinamizado em conjunto pelo Sul Informação e pela Rádio universitária do Algarve RUA FM (102.7 FM).

Nesta conversa, além dos cerca de três meses que leva enquanto diretor-delegado do principal Teatro da região, Joaquim Guerreiro falou do Festival F, uma nova (e forte) aposta do município farense.

As três estruturas que produzem o evento, todas elas autárquicas, contribuem, em conjunto, com 60 mil euros que compõem o orçamento do festival. Verba que permitiu apresentar um cartaz cheio de nomes bem conhecidos, da música portuguesa.

Joaquim Guerreiro: “Grande parte dos concertos são acústicos, já que o espaço não permite grandes estruturas de som ou palcos. Luísa Sobral, Samuel Úria, Miguel Araújo o JP Simões, será o artista e a viola”

«O F surge com a intenção de afirmar Faro. Faro tem capacidade para isso, não só fisicamente, pelo seu centro histórico, mas também porque tem boa massa crítica, que pode absorver o festival», considerou Joaquim Guerreiro. «O mais importante, aqui, é que a cidade de Faro está com vontade de acolher este festival e deseja um evento desta envergadura há muito tempo», reforçou.

«O município pensou, estrategicamente, num festival que se possa afirmar, num curto espaço de tempo. Foi isso que procurámos. Fomos pela música portuguesa, apostando nos nomes emergentes. Estão cá alguns que não são ainda muito conhecidos e juntam-se a outros que estão, neste momento, em ascensão», acrescentou.

Festival FA ideia é criar uma atmosfera intimista, enquadrada pela riqueza patrimonial da zona histórica de Faro. Para isso, optou-se por concertos menos pesados. «Grande parte dos concertos são acústicos, já que o espaço não permite grandes estruturas de som ou palcos. A maior parte dos espetáculos são intimistas. Luísa Sobral, Samuel Úria, Miguel Araújo o JP Simões, será o artista e a viola», exemplificou Joaquim Guerreiro.

Tiago Bettencourt, Capitão Fausto, «The Legendary Tiger Man», «Dead Combo» são outros nomes sonantes do cartaz, a que se juntam as bandas algarvias «NOME», «Mundopardo», «The Wax Flamingo» e «Nanook», entre outras.

Joaquim Guerreiro realça ainda a presença «da jovem do hip-hop Capicua», que considera que irá «surpreender». «Tem-se afirmado, este ano, nos grandes festivais. Tem um hip-hop muito acessível, uma linguagem muito interessante», considerou.

Além da música, o evento terá uma forte vertente de exposição e venda de artesanato, dinamizada pelo Palácio do Tenente, além de gastronomia, teatro de rua e animação.

Segundo Joaquim Guerreiro, este será o ano zero, até porque o evento foi montado em «mês e meio, o que não é fácil». Neste campo, a organização teve a ajuda das rádios do grupo RDP, que além da divulgação, «ajudaram a estruturar o festival». Ao nível de bandas, «há vários produtores envolvidos».

 

Vila-Adentro estará parcialmente vedada por dois dias

Museu Municipal de FaroO festival F decorrerá no centro da Cidade Velha, com «o centro nevrálgico no Largo Afonso III» e terá entradas pagas. Ao todo, serão disponibilizados 8 mil bilhetes, 4 mil por dia. Neste momento, estão já à venda e «praticamente esgotados» 1200 bilhetes de festival, para os dois dias, com o preço especial de 10 euros. Nos dias do evento, os bilhetes de festival custarão 12 euros e os diários 8 euros.

Parte da Vila-Adentro será vedada, já que o recinto incluirá os largos Afonso III e do Castelo, bem como a rua que os liga e a ruela que passa junto à galeria Trem. «Uma das portas ficará situada junto ao Largo de São Francisco e a outra junto à Câmara Municipal», revelou.

Os palcos vão estar localizados no Largo Afonso III, nos Claustros do Museu de Faro, no quintalão onde funcionavam as oficinas municipais (nas traseiras do Museu), no Bar «Castelo» e junto à Igreja dos Ossos, da Sé de Faro.

«Estes recintos não têm grande capacidade de carga e a maneira de manter as pessoas lá é haver simultaneidade de concertos, para que o público possa circular e ouvir um e outro. Este é um evento de Verão e é diferente de ouvir um concerto numa sala. Neste tipo de eventos, as pessoas querem viver a experiência, que também passa pelo artesanato e a gastronomia», considerou.

Nos dois dias de festival, o trânsito na Cidade Velha estará condicionado, mas não totalmente interdito.

 

 

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