Carvoeiro vai ter auditório ao ar livre junto à Ermida da Senhora da Encarnação

Um auditório ao ar livre vai nascer junto à ermida de Nossa Senhora da Encarnação, em Carvoeiro. A obra, que […]

Auditório_ArLivre_Carvoeiro_1Um auditório ao ar livre vai nascer junto à ermida de Nossa Senhora da Encarnação, em Carvoeiro. A obra, que deverá custar 110 mil euros, foi esta sexta-feira anunciada durante a inauguração oficial do vizinho passadiço entre o Algar Seco e o que resta do Forte de Nossa Senhora da Encarnação.

Mas há mais novidades: o passadiço em madeira de 570 metros será iluminado, mas com recurso a lâmpadas que serão colocadas no chão, «quase de presença» e com recurso a energia solar.

Junto à capela, o parque infantil será mudado para um terreno vago ao lado da escola, que a Câmara e a União de Freguesias de Lagoa e Carvoeiro descobriram pertencer à fazenda pública. Essa mudança permitirá transformar todo o promontório onde se situa a ermida numa zona de estar, ajardinada, com uma das mais belas vistas de toda a costa algarvia.

Auditório_ArLivre_Carvoeiro_2Também o antigo posto da Guarda Fiscal, mesmo encostado à ermida, deverá passar a ser um observatório a ser utilizado pelos turistas.

Todas estas novidades foram anunciadas no culminar da inauguração do passadiço de madeira, que contou com a presença de Nuno Lacasta, presidente da Agência Portuguesa de Ambiente, da vice-presidente Manuela Matos, do diretor da APA/ARH no Algarve Sebastião Teixeira, dos presidentes da Câmara de Lagoa, da União de Freguesias de Lagoa e Carvoeiro, entre outras entidades.

Nuno Lacasta salientou que, mais do que uma inauguração, se tratava de «entregar a toda a população, simbolicamente, uma infraestrutura que é muito importante», sobretudo para que todos possam usufruir «desta costa que é extraordinária».

passadiço_2Os muitos turistas e residentes que já utilizavam o passadiço, mesmo antes da inauguração oficial, ficaram espantados com aquele mar de gente mais ou menos engravatada que percorreu os 570 metros da nova estrutura, ao por do sol. Muitos ficaram-se numa das zonas de descanso criadas ao longo do percurso, onde dois jovens tocavam saxofone.

Ao fim de um dia de Verão envergonhado, pelo passadiço circulavam pessoas de todas as idades, algumas delas com dificuldades de locomoção, mães e pais com carrinhos de bebé – como o próprio presidente da Câmara de Lagoa -, pessoas em cadeiras de rodas. «Este passadiço é um sucesso!», confirmava Joaquim Paulo, presidente da União de Freguesias.

Francisco Martins, presidente da Câmara de Lagoa, por seu lado, salientou o facto de a obra ser uma parceria entre o Município e a APA/ARH «que deu muito bons resultados». «Arregaçámos as mangas, trabalhámos juntos, cumprimos os prazos», sublinhou, por seu lado, Nuno Lacasta.

Vista aérea da implantação do futuro auditório ao ar livre
Vista aérea da implantação do futuro auditório ao ar livre

A segunda fase, que inclui a iluminação do passadiço, o anfiteatro e o arranjo paisagístico junto à igreja, será, para já, suportado pela própria Câmara de Lagoa, «mas estamos a ver se haverá algum fundo a que nos possamos candidatar». Apesar destes projetos já existirem quando foi lançado o passadiço, a construção do anfiteatro não se enquadrava no fundo então utilizado pelo que teve de ficar de fora.

Mas a Câmara de Lagoa e o seu departamento de Ambiente não se ficam por aqui, em termos de projetos. Já começaram os estudos preliminares para lançar um segundo troço do passadiço de madeira, desta vez para cobrir o quilómetro e pouco entre o Algar Seco e o Vale Covo, para leste.

E está ainda a ser estudado o lançamento de um segundo percurso pedestre pela costa, a juntar ao dos Sete Vales Suspensos, que liga as praias da Marinha e de Vale Centeanes. Desta vez, será um percurso a ligar a Ponta do Altar e a atalaia de Vale Lapa, no troço mais ocidental da costa lagoense. Mas tudo isso, explicou o autarca Francisco Martins, ficará para «uma hipotética terceira fase».

passadiço_3Depois de percorridos os 570 metros do passadiço, entre o Algar Seco e o forte, foi a vez de desvendar, junto à igrejinha, um cartaz com imagens do futuro anfiteatro ao ar livre. Só que uma das cordas que segurava o cartaz ficou presa no topo e não havia meio de conseguir mostrar as imagens.

Foi aí que Joaquim Paulo, presidente da União de Freguesias de Lagoa e Carvoeiro, resolveu fazer jus ao seu passado de militar e trepou agilmente pela estrutura metálica das traseiras do outdoor, para soltar a corda presa. E fez tudo isto como um verdadeiro James Bond, já que nem uma ruga deixou no seu elegante fato cinzento. No fim, como é lógico, o autarca recebeu palmas quer da comitiva da inauguração, quer de alguns turistas, nacionais e estrangeiros, que acompanhavam com curiosidade o que ali se passava.

passadiço_1Este que é um dos mais belos troços da costa algarvia, constando nos guias turísticos, costumava ser, antes da criação do passadiço de madeira, percorrido por cerca de 500 pessoas por dia. Mas agora, com condições de segurança e, sobretudo, de acessibilidade para todos, serão ainda mais os utilizadores.

A obra foi financiada no âmbito do Programa Litoral e custou 212 mil euros. A sua inauguração integra-se na Semana Europeia da Mobilidade, que pela primeira vez é comemorada no concelho de Lagoa.

Esta manhã, há atividades variadas na Rua da Escola, em Carvoeiro, precisamente junto ao passadiço, tendo também decorrido um passeio pedestre pelos Sete Vales Suspensos. Na segunda-feira, Dia Europeu sem Carros, será a vez de Ferragudo acolher muitas atividades.

 

 

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