A Câmara de Portimão entregou, na passada semana, um novo Veículo Florestal de Combate a Incêndio à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Portimão, numa cerimónia que serviu, igualmente, para ambas as entidades assinarem um contrato-programa que garante a sustentação financeira e logística dos bombeiros de Portimão nos próximos seis meses.
O protocolo tem um valor de 120 mil euros, destinados a assegurar o pagamento de salários aos soldados da paz durante os próximos meses. Desta vez, a ajuda chega da autarquia, mas, no futuro, serão todos os munícipes portimonenses a contribuir.
«A Assembleia Municipal de Portimão aprovou a Taxa Municipal de Proteção Civil, pois todos os cidadãos têm que ajudar em permanência quem no terreno nos dá a garantia de segurança e os bombeiros não podem ser o parente pobre e andar de mão estendida, ou esperar que entidades privadas tenham a bondade e o civismo de os apoiar», sublinhou a presidente da Câmara de Portimão Isilda Gomes.
Segundo Isilda Gomes, «todos temos de fazer um esforço suplementar e contribuir para que estas mulheres e estes homens – que tantas vezes colocam em risco as suas vidas pelo bem comum – possam estar devidamente equipados, por forma a dar uma resposta cada vez melhor, sempre que precisarmos deles».
A Taxa da Proteção Civil vem viabilizar uma linha de financiamento e investimento, não se destinando apenas ao corpo de bombeiros, mas também a outros agentes de proteção civil, de que é exemplo o núcleo local da Cruz Vermelha Portuguesa.
Além do veículo, adquirido ao abrigo do Programa Operacional Algarve 21, numa candidatura conjunta de todas as câmaras municipais da região, foi entregue outro tipo de material, nomeadamente equipamentos de proteção e intervenção oferecidos por entidades públicas e privadas.
«Este foi um dia importante para a proteção civil de Portimão, uma vez que o contrato-programa agora assinado permitirá assegurar a continuidade da resposta, com elevado grau de prontidão, que a corporação dá às cerca de cinco mil ocorrências de proteção e socorro que anualmente se registam no concelho», considerou o Comandante Operacional Municipal portimonense Richard Marques, na sessão.
Já Isilda Gomes recordou o longo caminho que foi necessário percorrer, para que fosse possível entregar a nova viatura aos bombeiros locais, um processo que iniciou quando a agora edil era, ainda, Governadora Civil.
O protocolo assinado na sexta-feira, determina, ainda, a concentração de toda a estrutura operacional da Proteção Civil Municipal no quartel-sede da instituição, com a operacionalização de um Centro Municipal de Operações de Proteção e Socorro, que se prevê inaugurar no próximo mês de outubro.
A futura unidade contemplará sala de operações e comunicações, espaços de comando, controlo e monitorização, áreas técnicas e de planeamento de proteção civil e defesa da floresta, assim como possuindo a capacidade para, em situações de exceção, albergar a Comissão Municipal de Proteção Civil, para a respetiva coordenação institucional.
O objetivo é proporcionar um canal de atendimento único para que o munícipe de Portimão, 24 horas por dia, em situações de emergência, possa recorrer a socorro, assistência ou mesmo apoio de qualquer unidade orgânica da Câmara Municipal ou de outro organismo público local, concentrando todo o fluxo de informação operacional no Serviço Municipal de Proteção Civil.
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