Os médicos das unidades de saúde do Algarve não estão a fazer greve, apesar de o Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS) ser uma das estruturas que convocou, numa primeira fase, a paralisação. Os representantes dos clínicos não apresentaram «atempadamente o pré-aviso de greve» e ficam de fora, mas afirmam-se solidários com as demais classes profissionais.
Segundo explicou ao Sul Informação a dirigente do SMZS Margarida Agostinho, «não foi possível lançar o pré-aviso de greve a tempo», já que este é um processo que tem de ser feito «com muita antecedência» e demora «mais de dez dias úteis». Ainda assim, quando estiveram ao lado dos sindicatos que representam as demais classes profissionais do setor e assumiram que se iriam juntar à greve, na passada semana, os médicos pensavam que poderiam avançar.
«Pensámos que o pré-aviso lançado pelo Sindicato da Função Pública também abrangia os médicos, uma vez que somos funcionários públicos. Mas fomos informados, mais tarde, que a interpretação do Centro Hospitalar do Algarve e da Administração Regional de Saúde podia não ser tão linear», explicou.
Desta forma, «não era seguro que a falta fosse assumida como uma adesão à greve», ou seja, podia ser interpretada «como uma falta não justificada». Na altura em que a informação surgiu, «já não havia tempo para lançar o nosso próprio pré-aviso».
«Mas vamos participar na Tribuna Pública, hoje, às 17 horas, e apelámos aos nossos associados que marcassem presença em força», adiantou Margarida Agostinho.
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