Ferrovia e A22 com aumento de movimento no primeiro trimestre de 2014

A utilização dos comboios teve «um aumento significativo» no primeiro trimestre de 2014, três meses que foram ainda marcados por […]

REFER_comboioA utilização dos comboios teve «um aumento significativo» no primeiro trimestre de 2014, três meses que foram ainda marcados por aumentos quer no fluxo rodoviário na A22 e na A2, quer pelo aumento do movimento de passageiros nas carreiras rodoviárias interurbanas, que operam a nível regional, revelou a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional no seu Boletim Trimestral de Transportes.

Em sentido inverso, as carreiras urbanas de autocarro perderam passageiros entre janeiro e março de 2014 e o transporte rodoviário coletivo inter-regional também perdeu terreno, quando comparado com o modo ferroviário. No transporte fluvial, houve uma quebra muito acentuada nas carreiras da Ria Formosa, que viram o número de passageiros cair para quase metade, queda que se justifica com o facto de em 2013 ter havido um tráfego invulgarmente elevado.

Por modo de transporte, destaque para a ferrovia. O sistema ferroviário regional, que liga Lagos a Vila Real de Santo António, transportou mais de 375 mil passageiros, um acréscimo de 9,2 por cento relativamente ao trimestre homólogo do ano anterior. No Longo Curso, o aumento foi de 12,4 pontos percentuais, com 109,5 passageiros transportados.

Em ambos os casos, esta é a terceira variação trimestral positiva consecutiva, que vem reforçar «a inversão para valores positivos iniciada no 3º trimestre de 2013».

O tráfego nos principais eixos rodoviários da região também registou uma variação positiva, nos primeiros três meses do ano, em relação a igual período de 2013. Na A22, houve um aumento do tráfego de 5,1 por cento, com uma média de 5336 veículos a passar, por dia, naquela estrada. Na A2, no troço Almodôvar/São Bartolomeu de Messines registou um aumento de Tráfego Médio Diário de 1 por cento (4634 veículos por dia de média).

«De novo, e para ambas as vias estruturantes, assinale-se que os valores para o 1º trimestre de 2014 constituem o terceiro trimestre consecutivo de variações positivas, após 11 trimestres consecutivos (do 4º trimestre de 2010 ao 2º de 2013) de perdas. Os valores positivos para a segunda metade do ano de 2013 e o primeiro trimestre deste ano consolidam os sinais de recuperação do tráfego que vinham de 2013», considera a CCDRA no boletim.

Portagens Via do InfanteNas estradas nacionais, houve um decréscimo muito ligeiro do tráfego no troço do IC1 entre S. B. de Messines e Tune, de 0,1 por cento. Na EN125, houve um aumento de tráfego de 1,4 por cento no troço entre Odiáxere e Estômbar, com os troços entre Tavira e Monte Lagoa (Castro Marim) e São João da venda e Faro a registar decréscimo de tráfego, na ordem dos 0,8 e 3,5 pontos percentuais, respetivamente.

No transporte coletivo rodoviário, a par do já referido aumento nas carreiras interurbanas, que se cifrou em 9,7 por cento, houve um decréscimo nas ligações urbanas regionais de 7 por cento, bem como nos expressos inter-regionais, que transportaram menos 9,2 por cento de passageiros no primeiro trimestre de 2014 que em igual período de 2013. A carreira internacional, que liga Lagos a Sevilha, registou um aumento de passageiros de 13 por cento, com um total de 3184 passageiros transportados.

«Como principal destaque do modo rodoviário colectivo registe-se sobretudo: a persistência da quebra acentuada do movimento das carreiras urbanas (embora somente 7% neste trimestre); o expressivo crescimento positivo do movimento nas carreiras inter-urbanas (um valor – 9,7% – francamente contrastante com os valores observados nas variações homólogas dos últimos anos); um novo decréscimo do movimento nas carreiras inter-regionais (que assim, neste trimestre, voltam a perder para o modo ferroviário do Longo Curso)», destacou a CCDRA.

Ao nível do transporte fluvial, destaque para a diminuição de 48,1 por cento dos passageiros transportados nas carreiras da Ria Formosa. Uma diminuição que, apesar da ordem de grandeza, não deve ser «observada com especial preocupação».

«De facto, o valor registado no 1º trimestre de 2013 foi particularmente alto (e fora do normal) para a época, em resultado da realização de um evento desportivo de grande dimensão, para jovens de vários países da Europa, que teve lugar na Ilha de Tavira em finais de Março de 2013. O valor para o 1º trimestre de 2014 é da ordem de grandeza dos valores registados nos primeiros trimestres dos anos anteriores (2010 a 2012)», explicou a CCDRA.

Também a carreira que garante a travessia do Guadiana entre Vila Real de Santo António e Ayamonte transportou menos passageiros nos primeiros três meses de 2014, em relação ao mesmo período de 2013, mas o decréscimo, neste caso, foi de “apenas” 10 por cento. Aqui o cenário tem sido de «perda progressiva de movimento, apenas esporadicamente contrariada, nos últimos 25 trimestres, por duas vezes».

Os dados do tráfego aéreo voltam a não constar no Boletim de transportes da CCDRA, dada «a decisão da ANA – Aeroportos de Portugal, SA, em suspender a autorização para a disponibilização da informação relativa aos indicadores “número de voos”, “passageiros transportados” e “passageiros transportados de/para aeroportos nacionais”».

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