ASMAL já lançou obra da Unidade Sócio-Ocupacional para Adolescentes

A primeira pedra da obra da Unidade Sócio-Ocupacional para Adolescentes com problemas de saúde mental foi lançada na passada semana, […]

asmal_1A primeira pedra da obra da Unidade Sócio-Ocupacional para Adolescentes com problemas de saúde mental foi lançada na passada semana, na Zona Industrial de Loulé. Trata-se de um equipamento social da responsabilidade da Associação de Saúde Mental do Algarve (ASMAL), que irá dar resposta a uma das mais prementes necessidades da região algarvia.

Segundo Fernanda Rodrigues, responsável daquela instituição de solidariedade, “este momento é o concretizar de um sonho que surgiu com a criação da própria associação, em 1991, por iniciativa de um grupo de profissionais de saúde mental, uma equipa multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, psicólogos e pessoal administrativo como resposta à necessidade de criar estruturas de apoio aos jovens e adultos com problemas de saúde mental clinicamente estabilizados, fundando desde logo a valência de reabilitação profissional para este público”.

Graças ao empenho desta equipa e à cedência por parte da Câmara de Loulé de dois lotes de terreno, na Zona Industrial de Loulé, em 1997, surgiu a oportunidade para a edificação de um centro de reabilitação profissional e um centro de atividades ocupacionais.

Passados doze anos, em 2009, ficou concretizada a primeira parte do sonho, com a edificação do Centro de Educação, Formação e Integração Profissional da ASMAL (centro de reabilitação profissional), enquanto a segunda parte do sonho será uma realidade com a criação da Unidade Sócio-Ocupacional para Adolescentes com problemas de saúde mental, que estará concluída no final deste ano.

Esta resposta social visa desenvolver programas de reabilitação psicossocial para adolescentes dos 13 aos 17 anos, com perturbação mental e/ou com perturbação do desenvolvimento e estruturação da personalidade, com reduzido ou moderado grau de incapacidade psicossocial, clinicamente estabilizados.

Estes programas são desenhados de acordo com a situação específica de cada adolescente, sendo que a intervenção da Unidade Socio-Ocupacional será definida em estreita articulação com os serviços de saúde mental da infância e adolescência e com as escolas.

Do conjunto de serviços e intervenções dirigidas à população em causa destacam-se: apoio na área da reabilitação, treino da autonomia e desenvolvimento de competências sociocognitivas, de acordo com o programa funcional; apoio e reabilitação psicossocial nas atividades da vida diária; apoio socio-ocupacional, incluindo atividades psicoeducativas, lúdicas e desportivas; atividades de psicoeducação e treino aos familiares e outros cuidadores; articulação com a escola, incluindo apoio e encaminhamento para serviços de formação profissional; atividades pedagógicas, socioculturais e desportivas em articulação com as escolas, autarquias, associações culturais, desportivas e recreativas ou outras estruturas da comunidade; supervisão na gestão da medicação; alimentação; e cuidados de higiene e conforto.

Todas as entidades envolvidas nesta criação – ASMAL, Autarquia, Centro Distrital de Segurança Social e Programa Nacional para a Saúde Mental – sublinharam a necessidade de reforçar este tipo de equipamentos, não só no contexto regional mas também no país.

Esta construção, pioneira no país, é cofinanciada pelo PRODER (Medida 3.2 – Melhoria da Qualidade de Vida).

 

Autarca apela a alargamento do Centro Comunitário do Barranco do Velho

asmal_2O presidente da Câmara Municipal de Loulé falou da importância deste equipamento. “Trata-se de um projeto muito positivo e muito necessário na região. Há muitos jovens que precisam desta ajuda que vai ser prestada neste equipamento que irá nascer e que irá ser rapidamente construído”, sublinhou Vítor Aleixo.

O edil aproveitou também a ocasião para se dirigir às entidades com responsabilidade na área social para apoiarem a concretização de mais um projeto no Concelho de Loulé, previsto para o Centro Comunitário do Barranco do Velho que atualmente enfrenta alguns problemas de sustentabilidade.

“Nesta área, a Câmara de Loulé tem ainda uma intenção de, no futuro, desenvolver um projeto vocacionado e dirigido para a saúde mental mas para um outro segmento da população e que se situará no Barranco do Velho. Gostaríamos de redimensioná-lo e reequacioná-lo para podermos acolher ali pessoas com problemas mentais e que ficam neste mundo sem qualquer suporte familiar. Esse é um problema que deve preocupar a consciência do estado social português”, sublinhou ainda Vítor Aleixo.

Foi já aprovado o Plano de Intervenção em Espaço Rural (PIER) do Barranco do Velho, que prevê a construção de um Lar para Idosos e Lar Residencial para Deficientes, que surgem como uma extensão funcional de valências do Centro Comunitário de Nossa Senhora da Conceição.

Este equipamento pretende dar resposta às necessidades das populações locais, na sua grande maioria idosos, em termos de apoio social. Pretende-se disponibilizar alojamento e apoio residencial permanente a pessoas portadoras de deficiências sem que os utilizadores percam as referências geográficas, familiares e de amizade do local onde sempre viveram, promover condições de vida e ocupação aos destinatários, garantir os cuidados de saúde necessários, integrar a nova edificação e a existente no ambiente natural envolvente.

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