ARS do Algarve rejeitou críticas de que há falta de investimento na saúde da região

A Administração Regional de Saúde do Algarve rejeitou as críticas das estruturas sindicais que apontavam para falta de investimento na […]

Administração Regional de Saúde ARS do AlgarveA Administração Regional de Saúde do Algarve rejeitou as críticas das estruturas sindicais que apontavam para falta de investimento na saúde. Enfermeiros, auxiliares de ação médica, técnicos administrativos, de diagnóstico e superiores cumpriram 24 horas de greve esta sexta-feira, devido à falta de recursos humanos e de material nas unidades de saúde da região.

O instituto público defendeu-se, numa nota de imprensa, das críticas «sobre alegada falta de investimento», elencando um conjunto de «recursos públicos que o Ministério da Saúde tem vindo a canalizar para reforçar a prestação de cuidados de saúde primários e hospitalares na Região».

«O Ministério da Saúde, em articulação com a Administração Regional de Saúde do Algarve IP, têm implementado uma estratégia no sentido de aumentar a capacidade de resposta dos cuidados de saúde primários e hospitalares e a alargar a rede de cuidados continuados integrados, quer através de investimentos em novas unidades e obras de melhoramento das instalações e equipamentos existentes, quer na abertura de concursos para contratação de profissionais de saúde», garantiu a ARSA.

Este último ponto é aquele que causa mais discórdia. Apesar dos repetidos anúncios por parte da ARS e do Governo que foram abertas vagas para profissionais de saúde, na região, a larga maioria foi para médicos. Mas, como admitem tanto o ministro da Saúde, como o presidente da ARSA, muitos dos lugares destinados a clínicos irão ficar por preencher.

Situação oposta acontece com os enfermeiros, para os quais abriram recentemente 45 vagas. O problema apontado pelos sindicatos, neste caso, é que estas vagas não chegam, sequer, para colmatar as saídas recentes de enfermeiros. Além disso, há carências profundas noutras carreiras, alegam, como as de auxiliares e técnicos de diversas áreas, que não são sequer mencionadas pelos responsáveis pela saúde, na região.

manif saude_03Da parte da ARS do Algarve chega a informação que, em 2014,  «foram contratados 22 médicos e 45 enfermeiros para o CHA». «Estão neste momento abertas mais de uma centena de vagas para a Região do Algarve: cerca de 90 para especialistas de Medicina Geral e Familiar e 46 para especialistas da área hospitalar, entre outras carreiras profissionais. Foi ainda recentemente autorizada para o Algarve a abertura de 105 vagas para médicos das diversas especialidades da área hospitalar. Os respetivos procedimentos concursais serão abertos em breve e oportunamente divulgados», segundo a entidade.

Além dos investimentos já mencionados, a ARSA defende que as «alterações organizativas levadas a cabo na rede hospitalar da Região do Algarve», permitiram «reduzir os custos de exploração e assegurar a sustentabilidade financeira do Centro Hospitalar do Algarve».

As «verbas adicionais de convergência, para reequilíbrio financeiro e regularização de dívidas a fornecedores, das unidades hospitalares na região do Algarve no montante de 74milhões de euros» canalizadas entre 2011 e 2013 para o CHA, a conversão de 74 milhões de euros de dívida em reforço do capital estatutário do centro hospitalar, «incluindo perdão de juros de 5,3 milhões de euros».

Investimentos que, para os profissionais, não estão a contribuir para a melhoria do Serviço Nacional de Saúde, Antes pelo contrário. Os sindicatos e forças políticas da oposição defendem que os serviços públicos de saúde atingiram o nível mais baixo de capacidade de resposta «desde que o SNS foi criado» e defendem que há uma política de desinvestimento na saúde, por parte do Governo, que visa beneficiar o setor privado.

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