Apanha de bivalves interdita na área “Litoral Tavira – Vila Real de Santo António – L9”

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera interditou a apanha de todos os bivalves na área de produção “Litoral […]

AmeijoaO Instituto Português do Mar e da Atmosfera interditou a apanha de todos os bivalves na área de produção “Litoral Tavira – Vila Real de Santo António – L9”, na costa atlântica, por ter detetado a presença de biotoxinas tóxicas, com níveis superiores ao permitido, gerando por isso perigo para a saúde pública.

O IPMA interditou também a apanha em duas outras áreas: berbigão numa das áreas de produção da Ria de Aveiro, e de todos os bivalves na área “litoral Aveiro – L3”.

Aquele instituto sublinha, em comunicado, que «esta decisão decorre da responsabilidade do IPMA de monitorizar regularmente a presença de biotoxinas tóxicas nos moluscos bivalves, no litoral e nas zonas de produção estuarino-lagunares do continente».

«Este controlo é realizado em todo o espaço comunitário e tem por objetivo a defesa da segurança alimentar dos consumidores. Normas semelhantes são impostas pela União Europeia a todos os países de onde se importam bivalves», acrescenta.

O IPMA sublinha que «o ano de 2014 tem sido particularmente preocupante do ponto de vista da presença de biotoxinas tóxicas no litoral português». No entanto, salienta, «trata-se de um processo natural, relacionado com o ambiente marinho, e não o resultado da ação do homem ou do ambiente urbano».

Esta situação coloca «restrições inevitáveis à produção de bivalves, atividade de grande importância económica e social em muitas regiões do país».

O IPMA afirma que «tem procurado responder a esta situação e mitigar os seus efeitos, densificando a amostragem e mantendo um ritmo semanal de análises, com um esforço muito grande dos nossos técnicos e investigadores e a colaboração de produtores, autoridades locais e autarquias».

Os limiares definidos para a qualidade microbiológica e a presença de biotoxinas tóxicas estão estabelecidos internacionalmente, bem como a frequência das amostragens, e devem ser respeitados.

O IPMA acrescenta que irá «manter no terreno o esforço de monitorização, publicando no seu site o mais rapidamente possível os resultados obtidos, com a preocupação simultânea de apoiar o setor produtivo e defender os consumidores».

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