Movimento de Cidadãos e Comissão de Utentes unem-se em manifestação contra fecho da maternidade de Portimão

O Movimento de Cidadãos pela Defesa dos Serviços Públicos de Saúde do Algarve e a Comissão de Utentes do Serviço […]

Hospital-de-Portimão-CHBA2O Movimento de Cidadãos pela Defesa dos Serviços Públicos de Saúde do Algarve e a Comissão de Utentes do Serviço Nacional de Saúde unem «vontades e esforços» e vão promover, em conjunto, uma manifestação e um cordão humano contra o encerramento da maternidade de Portimão, na próxima sexta-feira, dia 11 de julho, a partir das 17 horas, frente ao hospital de Portimão.

Em comunicado, o Movimento de Cidadãos pela Defesa dos Serviços Públicos de Saúde do Algarve considerou ser «inadmissível e gravemente lesivo» dos utentes do SNS de todo o Barlavento algarvio a proposta, por parte do diretor da Perdiatria do Centro Hospitalar do Algarve, de encerramento da maternidade do Hospital de Portimão, por falta de pediatras.

Mesmo que a proposta do seu encerramento seja a título provisório, no período noturno durante o mês de julho, e no período diurno em 8 dos 31 dias deste mês, «jamais se poderá tolerar», considera aquele Movimento.

«Se isto acontecesse, seria o encerramento definitivo da maternidade, tendo em conta as políticas na área da saúde, defendidas e impostas, pelo Ministro da Saúde e pelo Administrador do CHA», sublinha.

Os responsáveis pelo Movimento de Cidadão dizem mesmo que «de forma hipócrita, vem Pedro Nunes, administrador do CHA, dizer que recusa esse encerramento e que a maternidade só continua aberta devido à “boa vontade” dos médicos de Portimão, que “fará o esforço que for necessário para a manter aberta”, mas que “não pode obrigar os médicos a irem de Faro para Portimão, e que quando os profissionais “se cansarem, não há escalas”».

Estas declarações, salientam, dizem «tudo sobre o pensamento» de Pedro Nunes. «Ou seja, se a maternidade não encerra de uma maneira, encerrará de outra! Esta intenção esteve sempre na mira de Pedro Nunes. Como sabe que a sua ordem direta de encerramento seria alvo de uma enorme contestação, tanto por parte dos utentes, como da parte dos profissionais de saúde, tudo vai fazendo, tal como vai fazendo o governo, para que a maternidade “morra de morte natural”».

O Movimento recorda que «não há incentivos para fixar médicos, serviços e valências estão a desaparecer, faltam medicamentos e toda a espécie de material de saúde, a degradação acelerada do SNS, as perseguições e o sintoma de medo que se vive entre os profissionais do Hospital do Barlavento são uma gritante realidade».

«Não podemos consentir o encerramento da maternidade do Hospital de Portimão onde, por ano, se praticam mais de mil partos. Todas as populações do Barlavento ficariam gravemente penalizadas sem este serviço, implicando para muitas parturientes deslocações para Faro de mais de 100 quilómetros desde Vila do Bispo, Aljezur ou de outras localidades do Algarve», conclui o Movimento, que apela à participação na manifestação de sexta-feira próxima.

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