Câmara de VRSA não acredita nas análises que interditam apanha de bivalves no concelho

A Câmara de Vila Real de Santo António (VRSA) colocou em causa as análises que impedem os mariscadores e viveiristas […]

Ria Formosa VRSAA Câmara de Vila Real de Santo António (VRSA) colocou em causa as análises que impedem os mariscadores e viveiristas do concelho de apanhar bivalves, garantindo que tem mandado testar a água, nos mesmos locais e obtido resultados bem diferentes dos do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), que vêm justificando a interdição.

«Não conseguimos compreender como as análises do IPMA apresentam valores de toxinas positivos enquanto as análises efetuadas pela Câmara Municipal de VRSA, em laboratório devidamente certificado, com colheitas efetuadas nos mesmos locais, apresentam resultados muito inferiores que tornariam as zonas aptas para a captura de bivalves», afirmou o edil de VRSA Luís Gomes.

A autarquia acha «estranhos» os resultados das análises que, há mais de dois meses, interditam a captura de bivalves (nomeadamente conquilha) no concelho e questiona a validade das amostras que estão a ser efetuadas pelos laboratórios do IPMA.

Também tentou «clarificar a situação», tendo para isso solicitado uma reunião de emergência ao IPMA e apresentado «vários pedidos de esclarecimento – até agora inconclusivos – sobre a forma como estão a ser efetuadas as análises que têm determinado sucessivas interdições nas capturas».

A situação de interdição, que impede os mariscadores das zonas de Vila Real de Santo António e Monte Gordo de exercerem atividade, «está já a provocar sérias dificuldades económicas às centenas de famílias do concelho que dependem única e exclusivamente da atividade da mariscagem», ilustra a autarquia, numa nota de imprensa.

A Câmara de VRSA diz que vai exigir ao IPMA «respostas claras e transparentes sobre o rigor do local das colheitas (incluindo coordenadas e métodos de análise associados) e continuará a questionar os organismos públicos sobre as discrepâncias verificadas entre laboratórios».

Por outro lado, quer saber por que razão se verifica a ausência de dados públicos atualizados sobre os valores das colheitas efetuadas (a última análise efetuada em Monte Gordo e publicada no site do IPMA data de 2 junho de 2014) ou sobre os valores de toxinas.

«Tendo em consideração a subsistência dos mariscadores, a autarquia vila-realense irá também continuar a reunir-se periodicamente com os profissionais e associações representativas do setor e já se comprometeu a efetuar contra-análises e a colaborar nos processos de colheita, sempre que necessário, para atestar a qualidade das águas costeiras locais», concluiu a autarquia.

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