Líder do PS algarvio considera que «Saúde no Algarve está sem Rei nem Roque»

António Eusébio, presidente da Federação Regional do Algarve do Partido Socialista, manifestou hoje, em comunicado, a sua «apreensão face ao […]

António Eusébio, presidente da Federação Regional do Algarve do Partido Socialista, manifestou hoje, em comunicado, a sua «apreensão face ao completo desnorte revelado pelo Ministério da Saúde na condução dos destinos da Saúde na Região, que tem levado a uma autêntica “dança de cadeiras” desde as nomeações efetuadas no mês de Outubro de 2011 e que levaram à recente nomeação de mais dois vogais para o CD da ARS Algarve».

«A instabilidade a que temos assistido nos órgãos dirigentes da ARS Algarve, no último ano, nada augura de bom e denuncia falta de estratégia da tutela para a região, ou pelo menos pouca sensibilidade com as entidades regionais que a si reportam», disse António Eusébio, «o que por si já é bastante revelador das intenções do governo para com as questões e interesses da população do Algarve».

Esta tomada de posição pública surge na sequência da demissão do vogal Miguel Madeira e da saída do vogal António Esteves, que tinha sido nomeado em 30 de outubro do ano passado, após concurso público no âmbito da CRESAP.

Para António Eusébio, «é evidente que o governo de coligação PSD/CDS-PP está a encontrar dificuldades na seleção dos dirigentes regionais da saúde».

O líder dos socialistas algarvios recorda que, «há menos de um ano, o anterior presidente e a vogal da ARS, Martins dos Santos e Ana Costa, saíram em rota de colisão com as posições tomadas pelo Ministro da Saúde com o modelo e dirigentes escolhidos para o Centro Hospitalar do Algarve, de que na altura deram nota pública. Agora sai o último elemento do Conselho Diretivo nomeado em Outubro de 2011 e um vogal nomeado no final de 2013».

«O que preocupa o PS Algarve nesta confusão toda é, muito concretamente, onde ficam os interesses da população, o regular funcionamento das unidades de saúde que, cada vez mais, denunciam constrangimentos nos recursos humanos e nos materiais, na realização de exames complementares, as respostas de cuidados de saúde de qualidade, o bom entendimento e articulação entre as distintas instituições de saúde, em benefício dos utentes. Estas são as preocupações do PS. Não parecem ser as preocupações do governo nem da tutela. Esta instabilidade não beneficia em nada o Algarve», acrescentou o líder socialista.

António Eusébio recordou ainda que a substituição do presidente e vogal demissionários, em 2013, processou-se através de concurso e pelo crivo da CRESAP (Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública), num processo que o governo defende ser transparente, isento e rigoroso.

«E hoje, em consulta ao Diário da República, tomei conhecimento que já foram designados os novos vogais do Conselho Diretivo, em regime de substituição. Vejamos quem no concurso de seleção de dirigentes “transparente, isento e rigoroso” será selecionado», acrescentou.

A terminar, o PS Algarve alerta todos os cidadãos e todas as forças políticas e sociais «para os rumores que têm circulado nas últimas semanas, e que apontam para a extinção da ARS Algarve e a criação de uma eventual ARS do Sul, com sede em Évora, e a criação de uma Unidade Local de Saúde do Algarve (que englobaria os três Hospitais da região e os três Agrupamentos dos Centros de Saúde), com vista a tornear a recente decisão desfavorável do Tribunal Administrativo de Loulé em relação à extinção de serviços do Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio».

O PS conclui exigindo «que o Governo respeite a Região e o papel que o sector da saúde merece no Algarve».

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