“A UAlg existe porque os algarvios exigiram a Universidade”

“A UAlg existe porque os algarvios exigiram a Universidade”. A afirmação foi proferida pelo reitor, no dia 9 de maio, […]

“A UAlg existe porque os algarvios exigiram a Universidade”. A afirmação foi proferida pelo reitor, no dia 9 de maio, sexta-feira, durante a visita ao concelho de Aljezur. No coração da Costa Vicentina, António Branco e a sua comitiva contactaram com várias infraestruturas, pessoas, entidades e empresas, que ilustram o dinamismo cultural, económico e social deste concelho.

Se para António Branco estas visitas são muito importantes, porque podem ajudar a identificar projetos ou estudos que, por sua vez, contribuam para a resolução dos problemas dos concelhos, permitindo-lhe estabelecer uma colaboração de maior proximidade e construir um espaço privilegiado de reflexão e de ação conjunta, para os municípios são vistas como uma iniciativa inédita por parte de um reitor.

“Nós ficamos a ganhar muito com estas visitas, mas a Universidade também, porque permitirão ficar a conhecer, muito melhor, a realidade das pessoas e o dia-a-dia dos concelhos”, afirma o presidente da autarquia, José Amarelinho. “Esta iniciativa do senhor reitor é pioneira!”

A visita iniciou-se às 9h30, no salão nobre dos Paços do Concelho, onde o presidente elogiou António Branco, caracterizando-o como “um regionalista convicto e um académico todo o terreno.”

Seguidamente, ainda pela manhã, a comitiva visitou a Zona Industrial da Feiteirinha, na freguesia do Rogil, onde contactou com várias empresas como a F.F. – Sistemas de Energias Alternativas, presente em Portugal desde 1989, que oferece inúmeras possibilidades de aproveitamento das energias renováveis em substituição dos combustíveis fósseis. A empresa tem uma gestão muito própria, onde os funcionários são também sócios.

Também na Zona Industrial, o reitor visitou a Ave de Oiro, uma sociedade de distribuição alimentar, as instalações dos Enchidos Tradicionais da Feiteirinha e a Associação dos Produtores da Batata-doce de Aljezur, que anualmente vende 50 toneladas de batata-doce certificada, da variedade Lira.

“São produzidas nesta região com condições ambientais únicas, onde o sol chega com abundância e onde a terra, a água e o ar não se encontram poluídos”, explica António Novais Henriques, presidente desta Associação, o que faz com que esta batata-doce tenha Indicação Geográfica Protegida (IGP).

Ainda nesta freguesia, o reitor visitou a empresa “Pão do Rogil”, uma padaria artesanal a funcionar desde 1965, pelas mãos da Família Claro. A tradição desta família, que coze em forno de lenha pão, bolos, bolachas, empadas, entre outros produtos, já tem fama há quase 50 anos, quando os pais de Anabela Claro, atual proprietária da loja, da padaria e da marca “Pão do Rogil”, compraram uma antiga padaria, em pleno centro daquela vila da Costa Vicentina.

“Nós preocupamo-nos em utilizar os melhores ingredientes nas receitas de família, as iguarias foram apurando com os anos e com as novas tecnologias, sem nunca perderem o seu carácter artesanal”, explica Anabela, enquanto o pão acaba de sair com a sua côdea estaladiça e os aromas quentes do forno de lenha brindam os presentes. As empadas, como a de cozido à portuguesa, e a grande variedade de bolos, estão sempre à espera dos clientes na loja do Rogil e já são distribuídos para muitos outros lugares.

Depois, já na freguesia de Odeceixe, a comitiva reitoral visitou as Casas do Moinho, localizadas numa encosta, perto do moinho de vento, com uma vista deslumbrante sobre a várzea e a ribeira de Seixe.

Sandra e Arnaldo são apaixonados pela região há vários anos e, em 2004, decidiram investir num projeto de turismo de aldeia, recuperando oito casinhas típicas.

Finalmente, ainda nesta freguesia, a comitiva passou pela praia de Odeceixe, reconhecida como uma das 7 Maravilhas-Praias de Portugal em Setembro de 2012.

Da parte da tarde, o reitor visitou o Museu do Mar e da Terra, localizado na aldeia da Carrapateira. Este museu, da nova geração dos museus locais de vocação comunitária, apresenta a problemática da inserção das atividades tradicionais no devir das comunidades locais. Gente de terra e de mar, a comunidade da Carrapateira está intimamente envolvida nos processos deste museu que recebeu uma menção honrosa na categoria “Novo Projeto Público”, no âmbito dos “Prémios Turismo de Portugal 2008”.

Este périplo pelo concelho de Aljezur terminou com uma visita à Associação de Defesa do Património Histórico e Arqueológico e à Unidade de Cuidados Continuados, onde foram abordadas possíveis parcerias na área da Saúde e da Psicologia.

O reitor António Branco elegeu como uma das finalidades estratégicas do seu mandato (2014-2017) estreitar ainda mais a relação da Universidade com a região, para que se possa estabelecer uma colaboração de grande proximidade e construir um espaço privilegiado de reflexão e de ação conjunta.

Centrando-se no lema “UAlgarve é o nosso Campus”, o reitor já visitou os concelhos de Loulé, Lagoa, Castro Marim, São Brás de Alportel, Lagos, Alcoutim, Albufeira, Vila do Bispo, Aljezur e, no próximo dia 16, visitará o concelho de Portimão.

 

Veja aqui mais fotos da visita do reitor da UAlg a Aljezur.

 

 

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