Edmundo Pedro testemunha a sua vivência no Tarrafal

Uma tertúlia com Edmundo Pedro, subordinada ao tema “Campo de Concentração do Tarrafal – Eu sou testemunha!”, vai decorrer esta […]

Uma tertúlia com Edmundo Pedro, subordinada ao tema “Campo de Concentração do Tarrafal – Eu sou testemunha!”, vai decorrer esta terça-feira, 22 de abril, pelas 21h00, na Pastelaria Portas do Céu, em Loulé, no âmbito da programação do 40º aniversário do 25 de Abril, a Câmara Municipal de Loulé, em parceria com a Comissão Concelhia dos 40 anos do 25 de Abril.

Jacinto Colaço, diretor do Agrupamento de Escolas Padre João Cabanita, vai ser o moderador desta iniciativa.

A entrada é livre.

Filho de Gabriel Pedro, um histórico da resistência antifascista em Portugal, Edmundo Pedro aderiu à Federação das Juventudes Comunistas Portuguesas em 1931, sendo preso no ano seguinte, com apenas 15 anos de idade, por participar na preparação de uma greve nas oficinas do Arsenal do Alfeite.

Libertado um ano depois, voltou à ação política, junto das escolas industriais da altura, sendo preso novamente em 1936.

Esteve nas prisões do Aljube, Peniche e Caxias antes de ser enviado para o campo de concentração do Tarrafal, em Cabo Verde, juntamente com o pai. Ali esteve preso durante dez anos, sendo o mais jovem prisioneiro político do campo.

Durante a prisão rompe com o PCP, depois de ser suspenso por planear uma fuga sem autorização do partido. Libertado em 1946, regressa a Portugal e à luta política. Participa no assalto ao quartel militar de Beja, em 1962, e volta a ser preso, por mais três anos.

Aderiu ao Partido Socialista depois da Revolução dos Cravos, sendo eleito deputado à Assembleia da República na I e na III Legislaturas.

Já após a implantação do regime democrático, Edmundo Pedro voltou a ser preso, acusado da posse ilícita de material de guerra e de um obscuro negócio de eletrodomésticos. Alegou, na altura, que estava apenas a juntar as armas que tinham sido entregues ao PS durante o Verão Quente de 1975, para serem devolvidas ao Exército. Foi absolvido meio ano depois. Regressou ao parlamento durante a V Legislatura, em regime de substituição.

Foi ainda presidente da RTP.

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