PSD de Olhão chumbou Orçamento para evitar aumentar «buraco» em 8,5 milhões de euros

O PSD/Olhão afirmou-se indignado com as acusações do PS local que terá «duas caras», por não ter deixado passar o […]

O PSD/Olhão afirmou-se indignado com as acusações do PS local que terá «duas caras», por não ter deixado passar o Orçamento para 2014 em Assembleia Municipal (AM). Os social-democratas defendem a sua opção, alegando que o documento apresentado pelo executivo não passava de «um plano de boas intenções», que só iria contribuir para o aumento da dívida em 8,5 milhões de euros e afirmam que «a abstenção não é uma aprovação», referindo-se à votação do Orçamento em Reunião de Câmara.

Os socialistas olhanenses e o presidente da Câmara de Olhão António Pina acusaram o PSD de ter «duas caras» depois deste partido ter permitido a aprovação da proposta de Orçamento, em reunião do executivo camarário, ao abster-se, acabando por o ajudar a chumbar, com votos contra na AM.

«Na verdade, o orçamento que o edil apelidou de “consensual”, apenas teve a aprovação de 3 vereadores dos 7, que fazem parte do executivo camarário, designadamente, dos socialistas, não tendo sido, efetivamente, aprovado pelos vereadores sociais-democratas», alega o PSD/Olhão.

«A situação económica do Município é demasiado grave para fazer assentar o Orçamento numa suposição, “caso consigamos vender aquele património conseguimos saldar as dívidas“ – como o Sr. Presidente afirmou», acrescentam, argumento que António Pina apresentou ao Sul Informação.

Os social-democratas alegam que «no orçamento para 2013, o executivo camarário recorreu a essa fórmula, mas, visto não se ter registado qualquer venda, nas contas reais a dívida cresceu 4,5 milhões». «Não obstante, o orçamento que pretendia aprovar apresentava um “buraco” ainda maior em cerca de 8,5 milhões», dizem.

«A bancada do PSD votou contra o agravamento da dívida, reprovando um documento que não passava de “um plano de boas intenções” da autoria do Sr. Presidente da Câmara, responsável pelo pelouro financeiro, que não conseguiu justificar os milhões que nele pretendia acrescentar», argumentou o PSD.

O principal partido da oposição quer, agora que o executivo PS reformule a proposta de Orçamento, «que deverá dar prioridade ao desenvolvimento económico para promover a criação de emprego no concelho, e, simultaneamente, controlar a dívida pública».

«Outro objetivo primordial será uma gestão mais eficaz e rigorosa do espaço público, assim como, no corte dos subsídios à empresa municipal Fesnima, à imagem das pretensões da maioria dos Olhanenses, que exigem a extinção das empresas municipais», acrescentam.

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