Ministra da Agricultura fez visita relâmpago a Tavira para promover Dieta Mediterrânica

Foi uma oportunidade perdida para promover a sério a Dieta Mediterrânica, que acaba de ser classificada como Património Imaterial da […]

Foi uma oportunidade perdida para promover a sério a Dieta Mediterrânica, que acaba de ser classificada como Património Imaterial da Humanidade pela UNESCO.

A ministra da Agricultura, acompanhada pelo seu marido e pelos filhos, mesmo a bebé mais novinha, a Maria da Luz, esteve este domingo em Tavira, para visitar à pressa a exposição sobre o tema patente no Museu de Tavira/Palácio da Galeria, depois provar de fugida uma das várias iguarias preparadas pelos alunos da Escola de Hotelaria e Turismo de Vila Real de Santo António, e finalmente dizer algumas palavras de circunstância aos jornalistas.

A iniciar esta visita-relâmpago, que a Câmara de Tavira tinha anunciado como de promoção da recente classificação da Dieta Mediterrânica (DM), dançou um rancho folclórico no pátio ensolarado do Palácio da Galeria, uma atuação que pretendia celebrar o facto de a DM ser mais do que comida e ser sobretudo um modo de vida que reflete todos os aspetos do quotidiano, mas que alguns dos convidados comentaram parecer «uma coisa de antigamente». «Só falta aqui o Américo Tomás», ironizou um dos convidados.

A ministra Assunção Cristas, em declarações aos jornalistas, explicou que a sua visita serviu para «confraternizar e dar mais uma vez visibilidade à Dieta Mediterrânica». A governante acrescentou que valorizar a DM é «valorizar o nosso país, as nossas comunidades, para quem nos visita».

Sobre as ações concretas para dar visibilidade à Dieta Mediterrânica como Património da Humanidade, Assunção Cristas referiu apenas que têm estado a ser promovidas ações conjuntas com os setores agrícola e agroalimentar, nomeadamente no apoio à sua «deslocação a feiras internacionais», de modo a promoverem a DM.

Mas e haverá verbas para dar essa visibilidade? «Haverá, com certeza, se conseguirmos fazer da DM uma bandeira nacional transversal», respondeu.

Em declarações ao Sul Informação à margem da visita da ministra da Agricultura, Jorge Queiroz, que é o diretor do Museu de Tavira e foi o coordenador da vitoriosa candidatura portuguesa da Dieta Mediterrânico a Património da Humanidade, que teve a cidade algarvia como comunidade representativa, explicou os próximos passos a dar para a concretização do Plano de Salvaguarda da Dieta Mediterrânica.

Segundo Jorge Queiroz, provavelmente em Abril, deverá ter lugar uma reunião internacional, ainda a marcar, com os sete países que viram a sua candidatura conjunta classificada como património da Humanidade.

A reunião, sugerida pelo Chipre, irá «estabelecer o que os sete países vão fazer em conjunto», «de modo a concretizar medidas» para divulgar e promover a DM.

A nível nacional, na próxima Bolsa do Turismo de Lisboa, o Turismo de Portugal e a Região de Turismo do Algarve vão apresentar formalmente a DM, enquanto a nível regional a principal iniciativa já programada é a segunda Feira da Dieta Mediterrânica, que voltará a ter lugar em Tavira, em Setembro.

«Vai agora haver uma primeira reunião preparatória sobre a Feira, que no ano passado foi um enorme sucesso. Houve pessoas que venderam tudo no primeiro dia e depois tiveram de reforçar. E houve muitas pessoas que me disseram que salvaram o Verão com o negócio que fizeram na Feira de Tavira», disse Jorge Queiroz.

No futuro, o responsável pela candidatura portuguesa gostaria de ver a Dieta Mediterrânica «introduzida nos currículos escolares». «A Dieta Mediterrânica é benéfica para a saúde e por isso deveríamos começar a divulgá-la e reintroduzir a sua utilização diária entre os jovens das escolas», concluiu.

 

 

 

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