Um total de treze portugueses partem este domingo de Rosario, na Argentina, para a edição de 2014 do Dakar, a mais importante prova de todo o terreno no mundo.
A maior fatia desta armada portuguesa é composta pelos sete motociclistas – Ruben Faria (KTM), Paulo Gonçalves (Honda), Hélder Rodrigues (Honda), Mário Patrão (Suzuki), Pedro Oliveira (Speedbrain), Victor Oliveira (Husqvarna) e Pedro Bianchi Prata (Husqvarna).
Seguem-se os automóveis, com cinco portugueses, dos quais dois pilotos, Carlos Sousa (Haval) e Francisco Pita (SMG), os seus copilotos Miguel Ramalho e Humberto Gonçalves, respetivamente, e ainda Miguel Palmeiro, copiloto do polaco Martin Kaczmarski (Mini).
Há ainda um luso nos camiões, José Martins, que faz equipa com Michel Boucou e Bruno Bouey (Renault).
Deste contingente nacional, as melhores hipóteses de brilhar parecem, à partida, pertencer a um trio de pilotos das motas – Paulo Gonçalves, que é campeão mundial em título e é apontado como um dos favoritos à vitória final, Hélder Rodrigues, que em 2011 e 2012 foi 3º na Geral, mas na edição do ano passado se quedou em 7º, e ainda o algarvio Ruben Faria, que em 2013 alcançou a melhor posição algumas vez conseguida por um português, o 2º posto na Geral.
Ruben é este ano piloto oficial da KTM e já não apenas aguadeiro de Cyril Despres, como aconteceu no ano passado. Desta vez, o motard de Moncarapacho tem como companheiros de equipa, mas em pé de igualdade, o espanhol Marc Coma e o chileno Francisco Chaleco Lopez. Não se pode dizer que a tarefa do algarvio esteja facilitada, nem sequer no seio da sua equipa…
Para mais, Ruben Faria poderá não estar ainda totalmente recuperado da lesão no pulso, sofrida no ano passado, no Rallye dos Sertões, no Brasil.
Olhando para o conjunto da época 2013, Paulo Gonçalves poderá ser considerado como o favorito do Dakar, nas motos. Para já, porque ele evoluiu no seio do ambicioso Team HRC Honda e irá conduzir uma das motos mais performantes. Depois, e sobretudo, porque ele alcançou o título de campeão do mundo FIM, depois do sucesso no Rallye dos Sertões e no Rallye de Marrocos, onde até suplantou Marc Coma.
No entanto, até agora, para Paulo Gonçalves o Dakar tem sido uma história diferente, onde ele nunca foi muito bem sucedido, tendo mesmo tido alguns azares. Mas a verdade é que esta é a única grande prova que ainda falta no palmarés do português.
A primeira etapa do Dakar, que parte este domingo, levará os pilotos das motos, automóveis, camiões e quads, de Rosário a San Luis, sempre na Argentina, uma longa jornada com mais de 800 quilómetros de extensão, dos quais 180 serão cronometrados.
Será uma especial desenhada já na região de Cordoba, marcada por pistas estreitas que vão exigir especial atenção e dotes de pilotagem a todos os pilotos e que vai definir a primeira ordem de classificação da longa maratona, com mais de 5.000 quilómetros de especiais, em média mais meia centena de quilómetros diários, face a anos anteriores.
Motos
(nº do veículo, nome, nacionalidade, equipa)
7 RODRIGUES HELDER (PRT) HONDA
8 FARIA RUBEN (PRT) KTM
10 GONCALVES PAULO (PRT) HONDA
36 PATRAO MARIO (PRT) SUZUKI
44 OLIVEIRA PEDRO (PRT) SPEEDBRAIN
49 OLIVEIRA VICTOR (PRT) HUSQVARNA
53 BIANCHI PRATA PEDRO (PRT) HUSQVARNA
Automóveis
306
SOUSA CARLOS (PRT)
RAMALHO MIGUEL (PRT)
HAVAL
332
KACZMARSKI MARTIN (POL)
PALMEIRO FILIPE (PRT)
MINI
372
PITA FRANCISCO (PRT)
GONCALVES HUMBERTO (PRT)
SMG
Camiões
555
BOUCOU MICHEL (FRA)
MARTINS JOSE (PRT)
BOUEY BRUNO (FRA)
RENAULT
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