Carlos Luís é o novo presidente da Associação Turismo do Algarve

Carlos Luís é desde a passada segunda-feira o presidente da Associação Turismo do Algarve (ATA). Os novos dirigentes da associação […]

Carlos Luís é desde a passada segunda-feira o presidente da Associação Turismo do Algarve (ATA). Os novos dirigentes da associação que une o setor público e privado, com o objetivo de promover a região, não reuniram o consenso de todo setor turístico, com a AHETA a assumir críticas ao elenco escolhido.

A nova direção é marcada por uma troca de lugares entre Carlos Luís, que antes era vice-presidente da ATA e o presidente da Região de Turismo do Algarve (RTA) Desidério Silva. Uma mudança que está ligada aos novos estatutos da entidade, que determinam que o presidente da RTA deixa de ser também o da ATA, por inerência e confere mais peso ao setor privado.

Na ocasião em que cedeu o lugar a Carlos Luís, Desidério Silva considerou que «esta associação tem que promover e valorizar cada vez mais a marca Algarve e não aceitar o esvaziamento da região enquanto a mais importante marca do turismo nacional».

«A Associação não pode aceitar que se procure desvalorizar o papel da região com a criação de uma agência que quer centralizar toda a promoçã0. Não podemos aceitar que se procure desvalorizar as regiões nem o Turismo de Portugal, como instituição de referência e que connosco tem trabalhado para se conseguirem resultados como os de 2013 e para alcançar os de 2014, em que todos os indicadores se apresentam positivos», considerou o presidente da RTA.

Com as novas regras, Desidério Silva é o único representante de uma entidade pública nos recém-empossados órgãos sociais, indo ao encontro do que era a vontade expressa dos sócios privados da ATA.

Algo que não impediu as críticas por parte da Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), que considera que a nova direção da ATA «não representa a essência da oferta turística nem o tecido empresarial da região».

«Para a AHETA, uma presença significativa da direção da RTA na ATA, incluindo a presidência, desvirtua os princípios que presidem à contratualização da promoção turística entre o sector público e o sector privado, para além de não ser representativa da oferta turística regional», considera a associação de hoteleiros.

As críticas da AHETA estão ligadas ao facto de o novo presidente da ATA ter sido indicado pela Associação de Industriais Hoteleiros e Similares do Algarve (AIHSA) e fazer parte da direção da RTA. A AHETA terá tentado negociar a geração de «uma lista consensual» com a sua congénere, algo que não foi conseguido. O principal entrave terá sido a AHETA não ter podido escolher quem presidiria à ATA, uma escolha cujo direito reclama.

«A AHETA dispunha de apoios suficientes para garantir a vitória de uma lista candidata alternativa, quer junto de outros sócios fundadores, quer junto dos restantes associados, mas considera que abrir uma “guerra eleitoral” na ATA numa altura em que sector turístico vem registando sinais de recuperação importantes, após largos anos de estagnação e declínio nas suas receitas, só serviria para enfraquecer ainda mais os diferentes parceiros envolvidos, agudizando conflitos e causando danos ao nível da imagem da região e dos seus principais agentes – os empresários hoteleiros e turísticos», ilustrou a associação.

Mesmo com polémica, os novos órgãos sociais tomaram posse. Da Direcção da ATA presidida por Carlos Luis, fazem parte como Vice-Presidentes, para além de Desidério Silva, Victor Faria, em representação da AIHSA (Associação dos Industriais Hoteleiros e Similares do Algarve), Elidérico Viegas, representante da AHETA (Associação dos Hoteleiros e Empreendimentos Turísticos do Algarve), Daniel do Adro, em representação da Grampiam (Hotel Quinta do Lago), António Correia Mendes, Director do Aeroporto de Faro em representação da ANA Aeroportos, Duarte Correia, representante da APAVT (Associação das Agências de Viagens e Turismo), Élio Vicente, do Mundo Aquático (Zoomarine) e João Paulo Sousa, em representação da Benamor Actividades Turísticas (Benamor Golf).

A Assembleia Geral é Presidida por Victor Guerreiro, Presidente da ACRAL (Assoc. Comércio Serv. Reg. Algarve) e conta com Jorge Moedas da Lusotur, Empreendimentos Imobiliário Turísticos, no cargo de secretário. Renato Pereira da Júpiter Indústria Hoteleira (Hotel Júpiter), é o vogal.

Por último, o Conselho Fiscal é presidido por Ricardo Cipriano, da Algarvelux (Castro Marim Golfe), Laurentino Almeida, da Golfauto, assume o lugar de Vice-Presidente e Filipe Contreiras, da empresa Filipe Contreiras Unipessoal (Loulé Jardim Hotel), o lugar de vogal.

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