Aljezur quer apoio do Ministério do Ambiente para recuperar dos estragos do temporal

Grandes rochas deslocadas nos portinhos de pesca da Arrifana e do Forno, assoreamento da foz do rio em Odeceixe e […]

Grandes rochas deslocadas nos portinhos de pesca da Arrifana e do Forno, assoreamento da foz do rio em Odeceixe e Amoreira, que levou ao alagamento das várzeas, destruição de passadiços, erosão dos areais. Estes são alguns dos problemas causados pelo temporal de 6 de Janeiro no litoral do concelho de Aljezur, para cuja resolução a Câmara Municipal já pediu a «pronta intervenção» do Ministério do Ambiente.

«No fundo, o que estamos a dizer ao senhor ministro do Ambiente, é que, dos três milhões de euros que anunciou para obras de urgência na orla costeira para recuperar dos estragos, nós também precisamos de uma pequena parte desse montante para resolver os nossos problemas», disse José Amarelinho, presidente da Câmara de Aljezur, em declarações ao Sul Informação.

O autarca disse ter consciência de que «algumas das situações, como a erosão dos areais, poderão ser repostas naturalmente», mas sublinhou estar especialmente preocupado com as ribeiras de Odeceixe, Bordeira e Amoreira, «onde, devido ao assoreamento da boca dessas ribeiras, ficaram inundadas as várzeas onde se cultiva milho, batata-doce e outras culturas importantes para os nossos agricultores».

Amarelinho sublinhou ainda a situação dos portinhos de pesca, já de si com condições difíceis, mas que agora se tornaram mais perigosos devido ao deslocamento de algumas rochas e à abertura de fissuras no molhe da Arrifana. «Queremos que a Agência Portuguesa de Ambiente esteja atenta e verifique se estas situações oferecem ou não perigo». «Há aqui algum trabalho pesado que é necessário, através de pequenas intervenções que são urgentes nestes portinhos», frisou o edil.

Outros equipamentos que sofreram prejuízos com o temporal foram passadiços de madeira construídos para preservar os valores naturais e impedir o pisoteio das dunas, numa zona em pleno Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. «Esse investimento foi feito há pouco tempo, mas o mar destruiu parte dos passadiços e agora temos que intervir urgentemente».

José Amarelinho falou ainda dos trabalhos em curso na Praia da Amoreira, no âmbito do Polis Litoral, e que passam pela requalificação do espaço, criação de bolsas de estacionamento e criação da eco e ciclovia que ligue ao Pavilhão Desportivo de Aljezur. «Agora verificou-se um desmoronamento da falésia onde está colocado o apoio de praia e é preciso olhar também para essa situação».

Quanto ao montante global dos estragos, o presidente da Câmara de Aljezur revelou que «já temos o caderno de encargos», que ascendem a «muitas dezenas de milhar de euros».

«As entidades com competências e responsabilidades diretas nesta matéria não se poderão alhear das nossas preocupações. Aguardamos que, a curto prazo, representantes do Ministério do Ambiente voltem novamente ao concelho de Aljezur, já com um plano de ação para a resolução dos problemas suscitados», conclui o autarca da Costa Vicentina.

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