Algarve é «das regiões mais bem servidas» em camas de Cuidados Continuados

O Algarve é, agora, «das regiões do país mais bem servidas» ao nível dos Cuidados Continuados, depois de ter visto […]

O Algarve é, agora, «das regiões do país mais bem servidas» ao nível dos Cuidados Continuados, depois de ter visto a oferta aumentar em 65 camas, no final de 2013.

Duas Unidades de Cuidados Continuados, que já estavam a funcionar em Estoi (Faro) e no Rogil (Aljezur), foram inauguradas oficialmente esta sexta-feira e, para já, fecham o ciclo de investimentos em infraestruturas públicas desta natureza, na região.

Ambas as inaugurações contaram com a presença do secretário de Estado da Saúde Fernando Leal da Costa, que veio à região formalizar a abertura das unidades.

A Unidade de Cuidados Continuados Integrados de Longa Duração e Manutenção de Milreu, em Estoi, inaugurada esta manhã, está a funcionar desde 7 de outubro de 2013 e aumentou a oferta na região em 40 camas. A obra, promovida pela Fundação Algarvia de Desenvolvimento Social, custou cerca de 2,5 milhões de euros, 750 mil dos quais foram financiados pelo Programa Modelar II do Ministério da Saúde.

Hoje à tarde, a partir das 15 horas, foi a vez da Unidade de Cuidados Continuados Integrados de Longa Duração e Manutenção de Aljezur ser inaugurada. Aqui, a oferta é de 25 camas e a sua entrada em funcionamento aconteceu em novembro passado.

Esta unidade, gerida pela Casa da Criança do Rogil, custou 1,8 milhões de euros e teve, igualmente, uma comparticipação de 750 mil euros, ao abrigo do Programa Modelar II.

Estas novas unidades vieram fixar a oferta de Cuidados Continuados e de Longa duração do Algarve em «497 camas, distribuídas por 15 unidades, duas de iniciativa privada e 13 da rede pública», revelou a diretora do Centro Distrital de Segurança Social do Algarve Ofélia Ramos.

Para manter as unidades algarvias em funcionamento, a Segurança Social entrará, anualmente com uma verba de «cerca de 3,5 milhões de euros», acrescentou.

Fernando Leal da Costa, que falou com os jornalistas esta manhã, à margem da inauguração da unidade de Estoi, revelou, por seu lado, que se está prestes a fechar um ciclo de investimentos nesta área e que, a serem feitos mais dos que já estavam agendados, apenas acontecerão «nos grandes centros urbanos», como Lisboa, Porto e Coimbra, onde «há maior carência».

Com a abertura desta duas unidades, «o Algarve passa a ser das regiões do país mais bem servidas ao nível dos Cuidados Continuados», tendo em conta a sua dimensão e a população que aqui vive.

 

Rogério Bacalhau pede investimento no Hospital de Faro

O presidente da Câmara de Faro Rogério Bacalhau pediu esta manhã ao secretário de Estado da Saúde que lance «um plano de recuperação do Centro Hospitalar do Algarve (CHA)», que contemple investimentos e melhorias no Hospital de Faro, «visto que a construção do novo Hospital Central da Algarve foi adiado para as calendas gregas».

«Queremos que o CHA tenha mais valências, que tenha o equipamento adequado, mas, sobretudo, que conte com os recursos humanos suficientes», disse, durante a cerimónia de inauguração da nova Unidade de Cuidados Continuados de Estoi.

A falta de médicos especialistas e enfermeiros foi, de resto, uma falha recentemente admitida pela administração do CHA, situação que impedirá que os efeitos financeiros da fusão dos hospitais de Faro e Portimão se faça sentir.

Fernando Leal da Costa garantiu que não irá «deixar de investir» nos hospitais da região e adiantou que se recusa a «repetir erros cometidos em alguns locais do país», onde considera que «as pessoas foram colocadas a correr atrás de uma quimera», neste caso, uma unidade de saúde nova, algo que justificou que se deixasse de investir nas já existentes.

«Temos estado a apostar em melhorias no Hospital de Faro. Também temos aberto, sistematicamente, concursos para contratar novos profissionais de saúde», algo que não tem tido o efeito desejado. Isto, apesar de, na visão do membro do Governo, o Algarve ser, possivelmente, «um dos melhores lugares do país para se trabalhar» nesta área. Uma mensagem que se terá de frisar, no futuro, para tentar convencer mais profissionais de saúde a fixar-se na região, considerou.

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