O Prémio Museu do Conselho da Europa foi ontem atribuído, em Estrasburgo, ao Museu de Baksi, na província de Bayburt, na Turquia, nas margens do Mar Negro.
Este museu turco junta-se assim ao restrito “clube” de museus galardoados com esta distinção atribuída pelo PACE, a Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, que premiou, em 2010, o Museu de Portimão.
Segundo a PACE, o Museu de Baksi é um exemplo da visão pessoal do seu fundador, Hüsamettin Koçan, e de 160 artistas contemporâneos à sua volta, que aspiravam a levar um alto padrão de arte e design a uma zona subdesenvolvida e rural da Anatólia do Norte.
Koçan pretendia que o Museu fosse uma ponte a ligar o centro e a periferia, ajudando a população local a manter-se económica e culturalmente enraizada no seu território e a manter a memória cultural dando nova vida à tecelagem tradicional e manufaturada.
«O Museu, a sua gestão e as atividades associadas, fornecem um modelo muito inspirador de como os princípios da Convenção de Faro do Conselho da Europa para a valorização do património cultural pela sociedade podem ser adotados localmente», disse a relatora do Prémio Museu, Vesna Marjanovic.
O Prémio Museu do Conselho da Europa é atribuído anualmente desde 1977 a museus que se considera terem dado uma contribuição significativa para entender o património cultural da Europa.
Os museus vencedores são presenteados com uma estatueta de bronze, «A Mulher dos Belos Seios», de Joan Miró, que mantêm durante um ano até a passarem ao museu seguinte, bem como um diploma.
O prémio é decidido pela PACE com base numa lista de três nomes de museus apresentada por um júri do Fórum Europeu de Museus, e faz parte dos Prémios do Museu Europeu do Ano. Esse júri internacional integra um português, José Gameiro, diretor do Museu de Portimão, estrutura que foi vencedora do galardão em 2010.
Nos últimos anos, os prémios foram atribuídos ao Museu de Liverpool, no Reino Unido (2013), ao Museu Rautenstrauch-Joest, em Colónia, Alemanha (2012), e ao Museu de Portimão, Portugal (2010).
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