Centros de Saúde do Algarve não têm vacinas contra a gripe, tétano e HPV

Os Centros de Saúde do Algarve estão sem vacinas contra a gripe, contra o tétano e difteria (Td) e anti-HPV, […]

Os Centros de Saúde do Algarve estão sem vacinas contra a gripe, contra o tétano e difteria (Td) e anti-HPV, mas a Administração Regional de Saúde garante que as situações estão em vias de ser corrigidas, embora em alguns casos apenas no próximo ano.

A situação mais grave é mesmo a da vacina anti-gripal, que está esgotada há um mês nos Centros de Saúde. Esta vacina é administrada sobretudo a idosos e alguns grupos de risco, como pessoas com doenças crónicas, mas desde princípios de novembro que a resposta que é dada aos utentes é «não há vacina», como o Sul Informação constatou.

«É uma situação grave, para mais porque a vacina para a gripe também não tem estado disponível nas farmácias algarvias», salientou um profissional de saúde contactado pelo nosso jornal.

No entanto, em resposta às perguntas colocadas pelo Sul Informação, a ARS garantiu que «em relação às vacinas para a gripe, estarão a partir do dia 9 de dezembro [segunda-feira] novamente disponíveis nos ACES da Região, de acordo com as necessidades estimadas».

Em meados de novembro, o Ministério da Saúde anunciou ter adquirido 1,1 milhões de vacinas para serem administradas gratuitamente nos centros de saúde às pessoas com mais de 65 anos, profissionais de saúde e doentes crónicos internados nos hospitais e lares de idosos. Mas, pelo menos ao Algarve, ainda não chegaram todas as vacinas necessárias.

No que diz respeito à falta da vacina contra o HPV (papiloma vírus humano, associado ao cancro do colo do útero), que consta do Plano Nacional de Vacinação para jovens adolescentes a partir dos 12 ou 13 anos, um email a que o nosso jornal teve acesso, enviado esta semana aos Centros de Saúde pela ARS, indicava que, «por carência no fornecimento dos stocks de vacina da Gardasil, segundo informação recolhida junto da farmácia da ARS, não haverá novo fornecimento este ano, mantendo-se assim  a impossibilidade de iniciação de esquemas de administração da Gardasil, até nova indicação».

Na sua resposta ao Sul Informação, a ARS esclareceu que o stock se encontra «garantido para administração no âmbito do programa de vacinação contra o papiloma vírus humano, para completar esquemas de vacinação já iniciados (que se dividem em três doses)», mas admitiu também que só «no início de 2014 teremos então as vacinas necessárias para iniciar o esquema de vacinação a novas utentes».

Ou seja, há vacinas para completar os esquemas de administração já iniciados, mas o início da vacinação de outras utentes terá de esperar, pelo menos, por janeiro de 2014.

O mesmo email interno da ARS referia ainda o caso da vacina Td (tétano e difteria), que também consta do plano de vacinação obrigatória, dizendo que «o fornecimento da vacina Td estará para breve, mas ainda sem data».

Isso mesmo é confirmado pela ARS na sua resposta às questões colocadas pelo Sul Informação: «a ARS Algarve não se encontra em situação de rutura completa de stock de vacinas contra o tétano e difteria (Td) que não em casos ocasionais, pontualmente declarados e atempadamente atendidos».

Segundo o organismo responsável pela gestão dos Centros de Saúde, está «neste momento em curso o procedimento de aquisição de mais 14 mil doses de vacinas contra o tétano, prevendo salvaguardar futuras necessidades».

A Administração Regional de Saúde do Algarve sublinha ainda, na sua resposta ao nosso jornal, que «as aquisições de vacinas a nível nacional encontram-se centralizada no SPMS – Serviços Partilhados do Ministério da Saúde».

Na segunda-feira, o jornal «Correio da Manhã» denunciou outras situações de carência, desta vez de materiais e medicação nos Serviços de Urgência Básica de Albufeira, Loulé e Vila Real de Santo António.

Nesse mesmo dia, o Conselho Diretivo da ARS Algarve emitiu um comunicado garantindo que a situação já tinha sido corrigida «através da distribuição e aquisição dos referidos materiais».

Também a avaria do equipamento de Raio X no SUB de Vila Real de Santo António já tinha sido resolvida, acrescentava a ARS.

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