Verdades sobre o País (V)

Os poderosos mentem aos Portugueses e não deixam que se dê voz a quem diz verdades. Publicam-se estatísticas obtidas com […]

Os poderosos mentem aos Portugueses e não deixam que se dê voz a quem diz verdades. Publicam-se estatísticas obtidas com erros metodológicos, sem as questionar. Como a positiva entrada de capitais na bolsa, que é o retorno de lucros daqui retirados para paraísos fiscais sem impostos.

Outras, fora do contexto, como o aumento de turistas em 2012/3, quando a maior parte do aumento foi de nacionais e não resultou em mais receita.

Isto deve ser lamentado, pois um aumento de quantidade com igual receita implica em perda de qualidade, o que a longo prazo é mau, pois implica numa espiral para baixo.

Outra mentira é a falta de capital de risco. Isto é o que mais existe, mas entre investidores, não entre os especuladores. Pois aqueles saíram do mercado de ações e do imobiliário antes da crise, foram para o ouro, depois algumas ações especiais, depois especularam em moedas e ações de países emergentes. Agora têm enormes valores disponíveis, não para ideias ou para planos de negócios, mas para investir em pessoas, pois o bom empreendedor é o que ouve o mercado, percebe quando precisa ajustar o rumo, percebe o risco de vender e não receber.

E mais, não há falta de capital para PME exportadoras. Se um fornecedor é sério, tem produto e preço competitivos, o próprio importador pode conseguir financiamento para o exportador luso.

Alguns dão impressão que a solução para a atual crise virá de Berlim, Frankfurt, Bruxelas ou Lisboa. É quase impossível para os senhores que lá estão mudar a atual estrutura ultrapassada e um modelo financeiro que está a ganhar com a crise. A Troika pode exigir sacrifícios, mas não pode garantir que o mercado especulativo irá ajudar-nos em 2014. A mudança deve ser exigida pelo tecido empresarial luso.

Os que hoje dizem distribuir fundos europeus nunca o fizeram para os mais aptos, pois, se o tivessem feito nestes 25 anos de UE e 10 do euro, não estaríamos na recessão de hoje.

Os programas visaram distrair os mais aptos do seu foco mais importante: ignorar Lisboa e Bruxelas e trabalhar com os que realmente melhoram algo, as PME do Norte da Europa e das Américas.

Os programas beneficiam os amigos da Corte, para ajudarem a “dar a impressão” que os mil milhões exigidos ao povo e às PME nos beneficiam.

Se quer debater estes temas, escreva-se para receber convite para o dia 19, 19h00, no Porto. YES, WE CAN – TOGETHER!

 

Autor: Jack Soifer é consultor internacional e autor dos livros Como Sair da Crise, Algarve/ Alentejo – My Love e Ontem e Oje na Economia.

 

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