Ria Formosa mais poluída aumenta custos de produção de bivalves

A reclassificação das zonas de produção de bivalves na Ria Formosa, no seguimento de diretivas europeias que regem a qualidade […]

A reclassificação das zonas de produção de bivalves na Ria Formosa, no seguimento de diretivas europeias que regem a qualidade da água, «terá efeitos significativos na atividade económica e pode por em causa a subsistência de muitas famílias». O alerta é dado pelo deputado do PSD eleito pelo Algarve Cristóvão Norte, que quer reunir-se com urgência com a tutela e com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), para saber o que sustenta esta decisão.

Esta medida do Governo, que estará ligada a uma perda de qualidade da água da zona lagunar algarvia, vai obrigar os viveiristas e mariscadores a enviar os bivalves que produzem para depuradoras, antes de o comercializarem, trâmite a que não eram obrigados antes. Algo que aumenta os custos de produção, o que leva os profissionais do setor a contestar a reclassificação.

O deputado social-democrata defendeu que uma eventual perda de qualidade da água da Ria Formosa está ligada à falta de intervenções há muito reclamadas pelos que vivem da Ria Formosa e que são responsabilidade do Estado.

Para Cristóvão Norte, «a execução do Programa de Dragagens previstas pela Sociedade Polis Ria Formosa, bem como a intervenção nas ETAR e nos esgotos não tratados que poluem a Ria Formosa» são medidas prioritárias que «se impõem».

«Está mais que na hora que as entidade públicas – Governo, autarquias e outras – bem como os cidadãos, compreendam que à proteção ambiental se associa a valorização económica como um eixo fundamental para a coesão económica e social dos concelhos tocados pela Ria Formosa», considerou o parlamentar algarvio.

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