Banco Alimentar faz recolha este fim de semana e há mais lojas algarvias onde ajudar

O Banco Alimentar Contra a Fome (BACF) vai estar amanhã e domingo em estabelecimentos comerciais do Algarve, ainda mais do […]

O Banco Alimentar Contra a Fome (BACF) vai estar amanhã e domingo em estabelecimentos comerciais do Algarve, ainda mais do que o habitual, para nova campanha de recolha em saco. Voluntários vão ajudar a instituição a apetrechar os seus armazéns de Faro e Portimão, alimentos que servirão para ajudar 70 instituições e milhares de utentes destas últimas, durante o primeiro semestre de 2014.

«A grande novidade, nesta recolha, é o aumento do número de lojas em que será feita a recolha. Já ultrapassámos os 160 estabelecimentos aderentes [140 nas duas últimas recolhas]. Ainda podemos aumentar mais, nesta vertente, à medida que haja mais voluntários e transportes para fazer a recolha em saco», revelou ao Sul Informação o presidente do BACF do Algarve Nuno Cabrita Alves.

Este tem sido um esforço levado a cabo pelo Banco Alimentar, que tem tido retorno da parte da comunidade. «Há cada vez mais pessoas que optam por ajudar, também, por essa via», disse. Também são mais as pessoas que contribuem nas campanhas, ainda que aqui se notem os efeitos da crise, uma vez que «cada pessoa contribui com um pouco menos».

Para esta contabilidade, conta, não só, a Campanha de Saco, recolha física que decorre apenas no fim-de-semana, mas também a campanha online, a decorrer entre o dia 22 de novembro e 8 de dezembro, para a qual se pode contribuir no site do BACF e a Campanha Vale, que também começa amanhã em supermercados aderentes e continua até dia 8 de dezembro.

O desafio é recolher ainda mais do que é habitual, nesta segunda campanha anual nas lojas. E a causa principal nem é a crise. A partir do ano que vem, a União Europeia deixará de enviar 400 toneladas de alimentos para a região, devido ao fim previsto do Fundo Alimentar Europeu. Ou seja, perde-se uma fonte paralela de ajuda às instituições da região e há «a grande preocupação» de compensar a perda desta fonte alternativa. Algo que Nuno Alves não espera conseguir apenas com as dádivas dos cidadãos.

«Temos estado à procura de soluções e agora também estamos a receber frutas e verduras», revelou, doadas ao banco por produtores «do Algarve, do Ribatejo e da zona Oeste».

Outra forma alternativa de angariação de bens alimentares é a campanha «Papel por Alimentos», em que os BACF recebem alimentos em troca de papel e cartão que entreguem.

Este ano, foi possível conseguir 85 toneladas de alimentos por esta via, um número muito bom e reflexo da adesão da região à campanha, já que o Algarve foi a segunda região do país com a maior recolha de papel, apenas superada pela Grande Lisboa, onde vivem cerca de quatro vezes mais pessoas.

A campanha continua ativa e todos são chamados a contribuir. Ainda assim, não é aconselhável entregar papel nas lojas, durante o fim de semana, por uma questão de logística. Quem quiser contribuir para a campanha do papel deverá entrega-lo diretamente ao BACF do Algarve ou a instituições que estejam disponíveis a encaminhá-lo para a instituição.

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