Vítor Aleixo empossado em Loulé num Cine-teatro apinhado de gente

Um Cine-Teatro Louletano totalmente apinhado de munícipes louletanos, acolheu este sábado a Tomada de Posse dos eleitos para os órgãos […]

Um Cine-Teatro Louletano totalmente apinhado de munícipes louletanos, acolheu este sábado a Tomada de Posse dos eleitos para os órgãos municipais de Loulé, a cerimónia que marcou o regresso de Vítor Aleixo ao cargo de presidente da Câmara de Loulé. A iniciativa decorreu num ambiente de grande festa, com várias manifestações efusivas do muito público que marcou presença.

Passados 12 anos, Vítor Aleixo volta a ser o edil louletano. Em 2001, perdeu o cargo para Seruca Emídio, derrota que lhe deixou «um travozinho amargo na boca (risos)», confessou aos jornalistas, à margem da sessão. «Nunca fiquei muito convencido. Mas, em democracia, há que respeitar a vontade do povo e foi isso que eu fiz», acrescentou.

De regresso à presidência da Câmara de Loulé, aponta baterias, antes de tudo, às questões sociais, nomeadamente no combate à pobreza e à exclusão social.

Esta foi a principal bandeira assumida no discurso de Tomada de Posse, mas Vítor Aleixo afirmou ainda que tudo iria fazer para evitar a privatização de serviços municipais «como o lixo ou as águas» e deixou uma palavra aos trabalhadores da Câmara, que pretende defender.

Durante toda a cerimónia, Vítor Aleixo não conseguiu esconder um sorriso de satisfação quase constante. «Soube-me muito bem esta vitória, doze anos depois, ainda que num contexto político que nada tem que ver com a situação politico-administrativa que o concelho tinha, na altura», disse. Daí que outra prioridade seja a gestão cuidada e criteriosa das despesas camarárias.

«Pego num concelho com uma situação muito mais difícil, com muito desemprego e pobreza, muita atividade económica estagnada e infraestruturas e equipamentos que não são devidamente potenciados, porque a economia não está bem», disse.

O apoio aos empresários e à economia local é outra bandeira de Vítor Aleixo. Neste campo, é incontornável a contestação da parte de empresários locais e de diversas forças vivas louletanas, incluindo o PS, à localização escolhida para instalar uma loja do IKEA.

«Primeiro tenho de chegar à Câmara e conhecer os dossiers. Só conheço os assuntos pela rama», disse. Mas afirmou que sempre concordou «com a posição do PS» de que o local escolhido não era o melhor. «Quanto à localização, sempre tivemos uma posição clara sobre a matéria. Mas este processo tem outros contornos, outras vertentes. Vamos ver. Adiantar mais pormenores sobre essa situação neste momento não seria prudente», acrescentou.

Quanto aquilo que gostaria de reavivar no concelho, que considera ter-se perdido quando saiu da Câmara há 12 anos, Vítor Aleixo disse que «havia uma certa “movida” cultural» que tem «pena que tenha ficado, em alguns casos, pelo caminho».
«Havia uma animação aos fins de tarde e ao fim de semana para os idosos que me parece que ficou pelo caminho. As coisas boas que entretanto se perderam, vamos tentar recuperá-las», disse.

Quanto ao que se fez de bom entretanto, como Festival Med e a Noite Branca, também será para manter «e acarinhar». «Com um se: Queremos, em cada edição desses acontecimentos, fazer muito bem contas. Mas a disposição de princípio para continuar com esse dois grandes eventos que projetam Loulé é toda», afirmou.

Na mesma cerimónia em que Vítor aleixo foi empossado presidente de Câmara, Adriano Pimpão, que encabeçou a lista vencedora do PS à Assembleia Municipal, foi eleito presidente da Mesa deste órgão. Só foi apresentada uma lista, que recebeu 35 votos a favor e um branco.

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