Joaquina Matos anuncia «dimensão intermunicipal» para rede de apoio social

Dar uma «dimensão intermunicipal» à rede social de apoio é uma das novidades apontadas ontem à noite pela nova presidente […]

Dar uma «dimensão intermunicipal» à rede social de apoio é uma das novidades apontadas ontem à noite pela nova presidente da Câmara Municipal de Lagos, Joaquina Matos, no seu discurso de tomada de posse.

A nova autarca referiu mesmo as conversações já havidas com a «vereadora da Câmara de Aljezur» nesse sentido, prevendo-se que essa «dimensão intermunicipal» possa abranger os municípios da Associação Terras do Infante, ou seja, Lagos, Aljezur e Vila do Bispo.

Joaquina Matos que, logo após a sua eleição, tinha assumido ao Sul Informação o «reforço da rede social» como a sua prioridade imediata, salientou, no seu discurso de posse, que tal «dimensão intermunicipal» servirá para «ganhar escala e poder proporcionar respostas ainda mais comnpletas e rápidas no apoio às crescentes situações de empobrecimento, aos problemas da infância e da juventude, à vulnerabilidade com que vivem muitos idosos, pobres e doentes, num espírito de coesão e justiça social que precisamos muito de alcançar».

No entanto, a nova autarca socialista sublinhou que «só criando riqueza poderemos melhorar a situação coletiva». Por isso, frisou «o apoio aos investidores, aos pequenos e médios empresários, a todos os que nas diferentes áreas da economia pretendem desenvolver os seus projetos e empresas, ao empreendedorismo local, das áreas mais tradicionais às mais criativas».

 

Futuro passa pelo mar

Da esquerda para a direita: Luís Reis, Nuno Serafim, Hugo Pereira, Joaquina Matos, Luís Barroso, Fernanda Carvalho Afonso e Paulo Correia dos Reis

Joaquina Matos garantiu que a Câmara de Lagos agora sob o seu comando assume «o papel de facilitadora, de ajudar a abrir caminhos», de «ajudar os que continuam a apostar na força do trabalho, nas potencialidades da nossa terra, nas novas formas de agricultura, na gastronomia, nas tradições, na história, no mar, nas artes e na cultura».

A presidente da autarquia de Lagos, depois de assegurar que «o nosso futuro passa pelo mar!», enunciou os indícios de que «a separação do Mar que vivemos nas últimas décadas» está a acabar: «a construção das novas instalações da Capitania do Porto de Lagos, há 30 anos prometidas e recentemente inauguradas, a nomeação, em exclusivo, para o triângulo vicentino, de um oficial Capitão de Porto, a construção do Centro Náutico de Lagos, dos mais modernos e apetrechados da Europa, em substituição dos estaleiros da Sopromar».

Joaquina Matos, que, no início do seu discurso, já tinha realçado «o papel do último executivo municipal, na pessoa do seu presidente Júlio Barroso, e que, ao longo de três mandatos, interpretou a vontade dos lacobrigenses, trabalhando para um município mais moderno e competitivo, dotando-o de boas infraestruturas da vida coletiva», salientou que o ciclo de «grandes obras materiais» foi interrompido pela crise, mas que «ficam os equipamentos, as escolas, a piscina, o novo edifício da Câmara, os parques de estacionamento, melhorias em todas as freguesias», e que «o tempo fará justiça e demonstrará o muito trabalho feito».

 

Eu fico!

A terminar o seu discurso, a nova presidente da Câmara de Lagos garantiu: «eu fico!», uma afirmação que arrancou a maior ovação da noite ao público que enchia por completo a sala do Centro Cultural de Lagos.

«Fico para cumprir até ao fim o mandato a que me propus e para o qual fui eleita. Repeti várias vezes durante a campanha eleitoral, pois foi argumento bastante usado, não sei bem por quem. Desconfio que foi por alguém que me deve querer muito bem», ironizou, arrancando nova salva de palmas.

Joaquina Matos, que em outubro de 2011 se demitiu do seu cargo de vice-presidente da Câmara de Lagos invocando «motivos intrinsecamente de ordem pessoal e de saúde», respondia, assim, aos rumores que acompanharam a campanha eleitoral de que, após as eleições, se retiraria para dar lugar ao seu número 2.

«Mas volto a repetir: eu fico! Sairei se morrer, mas estou fortemente determinada a andar por cá. Por mim, o céu pode esperar», frisou.

 

Fotos de: Armindo Vicente

 

 

 

 

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