Guilherme Portada recusa gestão danosa da AAUAlg e fala em «perseguição pessoal»

Guilherme Portada diz que a hipótese de que a sua gestão da Associação Académica da Universidade do Algarve (AAUAlg) foi […]

Guilherme Portada diz que a hipótese de que a sua gestão da Associação Académica da Universidade do Algarve (AAUAlg) foi danosa não tem qualquer fundamento e defende estar a ser vítima de «perseguição pessoal» por parte dos atuais dirigentes da associação.

O antigo presidente da AAUAlg assegura que forneceu todas as explicações que lhe foram pedidas sobre as decisões tomadas enquanto presidente da associação, numa exposição escrita e «em Assembleia Magna», onde também respondeu às questões feitas pelos seus colegas.

O antigo dirigente associativo também estranha o timing do anúncio da associação. «Foi muito oportuno que tenham decidido fazê-lo mal souberam que Rogério Bacalhau tinha ganho as eleições», ironizou o filho de José Apolinário, socialista que encabeçou a lista vencedora à Assembleia Municipal de Faro.

O comunicado da AAUAlg, em que os representantes dos estudantes anunciam que entregaram documentação a um advogado para apurar se há matéria para avançar com um processo por gestão danosa contra as Direções Gerais presididas por Guilherme Portada (2010 e 2011), foi lançado às 20h51 de domingo, menos de duas horas depois de fecharem as urnas, numa altura em que se contavam os votos.

No próprio comunicado, a AAUAlg justifica que quis esperar pela conclusão do processo eleitoral antes de avançar com o anúncio da entrega de documentação a um advogado. Para já, segundo dá a entender o documento da associação, não há ainda a intenção de avançar para tribunal e sim de apurar se há matéria que o justifique.

Guilherme Portada mostra-se sereno quanto a essa eventualidade, por considerar que «nada tem a temer». «Estou de consciência tranquila e disposto a prestar esclarecimentos sobre este assunto em qualquer lugar. Não tenho nada a esconder», assegurou.

 

Portada prestou esclarecimentos em Assembleia Magna

O antigo presidente da AAUAlg diz que já prestou a informação que lhe foi solicitada em Assembleia Magna (AM) e daí estranhar esta tomada de posição da atual Direção Geral. De resto, desde o início que Guilherme Portada reclama que são questões pessoais que têm alimentado a questão, como já o havia feito numa exposição que fez à AM, a que o Sul Informação teve acesso.

Nesse documento, Guilherme Portada estranhava o facto de a auditoria feita sobre as contas da associação entre 2007 e 2011, que veio a apurar que a dívida da AAUAlg atingiu os 876 mil euros no final de 2011, tenha sido feita «em dois formatos distintos, com duas análises e relatórios separados».

Uma delas, «uma Auditoria Simplificada», seria relativa aos exercícios de 2007, 2008 e 2009, anos em que os presidentes da associação foram Pedro Barros (07 e 08) e Eduardo Almeida (09), que eram, respetivamente, o presidente e tesoureiro da Direção Geral que pediu a auditoria.

Nos anos de 2010 e 2011, em que a associação foi presidida por Guilherme Portada, a auditoria foi «extensiva e detalhada».

«Qual o motivo desta diferenciação? Quem tomou esta decisão?», questionou, na altura.

Guilherme Portada continua a sustentar que o forte prejuízo da Semana Académica de 2011 teve a ver com o facto de a Câmara de Faro ter imposto uma localização fora da cidade, o que aumentou os custos e levou a uma redução significativa de público.

Quanto a valores que transitaram da sua gestão para as seguintes, o antigo presidente da AAUAlg queixa-se de também ter herdado uma dívida de 200 mil euros, relativa a um leasing para novas máquinas para o Centro de Cópias, que se juntaram a um passivo que já era superior a 460 mil euros.

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