Greve de fome volta a ser “arma” contra turmas mistas em escola de Loulé

O pai de um dos alunos da escola nº4 do Agrupamento de Escolas Padre João Coelho Cabanita de Loulé, vai […]

O pai de um dos alunos da escola nº4 do Agrupamento de Escolas Padre João Coelho Cabanita de Loulé, vai voltar a recorrer à greve de fome como forma de protesto contra a colocação e alunos do 3º ano em turmas do 4º. João Martins já esteve mais de 48 horas sem comer frente à escola.

«Na sequência de mais de duas semanas de terrorismo psicológico e pedagógico praticado pela escola sobre as crianças e seus familiares informa-se que o pai de uma das crianças, João Martins, decidiu entrar de novo em greve de fome na próxima
sexta-feira», informou o Movimento de Cidadãos de Loulé em Defesa da Escola Pública.

Esta é uma polémica que dura desde o início do ano letivo e continua a ter novos episódios. Esta semana, a GNR foi mesmo chamada à escola para retirar «três familiares de uma das crianças», que o ocuparam o gabinete do diretor «durante 30 minuto».

«A direção da escola abandonou o respetivo gabinete justificando que já passava da hora de trabalho (enquanto o diretor esperava por uma resposta da DGEST que tardava em chegar) e que tinha que ir jantar, deixando os familiares de uma das crianças sozinhos no gabinete diretivo, telefonando depois para a GNR a informar da ocorrência», denunciou o movimento.

«Já entrados na terceira semana de aulas depois de uma orientação emanada da Direção Geral de Estabelecimentos Escolares, ao fim da primeira semana letiva, o diretor da escola não se percebe porque razão não dá seguimento a esta orientação emanada superiormente», acrescentou.

O diretor da escola até terá «informado publicamente numa reunião da associação de pais deste agrupamento escolar de que a solução para o caso teria chegado através da respetiva orientação da Direção Geral de Estabelecimentos Escolares», mas os pais acabaram pro ver «as suas expetativas de novo goradas».

Tendo isto em conta, «os pais destas crianças vão fazer um apelo para a realização de uma manifestação à porta da escola nº 4», na sexta-feira, 4 de outubro, pelas 8h30. Os pais não compreendem porque razão há alunos do 3º ano em turmas do 4º «quando há uma turma de 3º ano com apenas 11 alunos».

«Perante este caso da mais absoluta falta de humanidade por parte dos responsáveis educativos da escola e do Ministério da Educação, os pais das crianças envolvidas informam que irão recorrer a todos os meios, até às últimas consequências, para que os seus filhos sejam colocados corretamente no ano de escolaridade para o qual transitaram não admitindo de forma alguma que com uma turma com 11 crianças no 3º ano de escolaridade os seus filhos sejam colocados numa turma do 4º ano de escolaridade», resumiu o movimento.

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