Faro tornar-se-á cidade mais amiga dos universitários «aos poucos»

Tornar Faro uma cidade universitária é um caminho que se tem de ir fazendo «aos poucos», ou seja, à medida […]

Tornar Faro uma cidade universitária é um caminho que se tem de ir fazendo «aos poucos», ou seja, à medida das possibilidades da Câmara de Faro. No sábado, durante a Abertura do Ano Académico da Universidade do Algarve (UAlg) e na sua última intervenção pública oficial como presidente da Câmara de Faro, Macário Correia mostrou estar consciente das exigências dos universitários que escolhem estudar no concelho e mostrou-se confiante que os serviços mais necessários irão surgir, com o tempo.

«Sei que os novos alunos vão dizer à presidente da associação e ao Reitor que querem melhores transportes, uma ecovia e mais espaços desportivos. A cidade não tem resposta para tudo, mas vai construindo as coisas aos poucos», disse, no seu discurso.

Em mais uma Abertura Solene do Ano Letivo da UAlg, Macário Correia adotou um registo leve, com um toque de humor, ao dirigir-se aos novos alunos.

Mas, por ser hora da despedida, aproveitou para fazer muitos agradecimentos, em particular ao Reitor, que considerou ser um «grande parceiro da Câmara Municipal», agradecendo o entendimento que João Guerreiro tem «da vida académica, da presença da universidade na região e na cidade e da relação que se deve desenvolver».

Foi, de resto, este o espírito por detrás da iniciativa. A tarde de sábado foi, como já havia revelado ao Sul Informação o reitor da UAlg João Guerreiro, uma maneira de a universidade mostrar que quer criar uma relação mais próxima com a cidade de Faro e a região. Daí a escolha inédita do Teatro das Figuras para acolher a cerimónia.

«É com enorme gosto que estamos aqui, porventura pela primeira vez, na abertura do ano académico fora das instalações da universidade, mas sublinhando bem este propósito de abrir a UAlg à comunidade», referiu João Guerreiro .

«Tentamos fazer isso de forma sólida, no dia-a-dia, mas este é mais um momento dessa abertura e dessa presença que queremos cada vez maior no seio da nossa comunidade», acrescentou.

Num dia em que os novos alunos eram um elemento central, Macário Correia não se esqueceu deles. A esta altura do campeonato, os caloiros já tem de pensar em coisas mais sérias, depois da Semana de Receção do Caloiro, que serviu «para ambientar os novos alunos nas dificuldades da vida noturna de Faro e para criar o contexto para uma vida cultural polifacetada, hidratada e bastante envolvida na multiculturalidade que a cidade tem», como ilustrou o edil de Faro.

«Agradeço a bonita ideia da presidente da Associação Académica [Filipa Silva]de fazer praxes com sentido cívico, construtivo e boas para a cidade, como pintar muros, limpar matas, remover lixo e outras coisas mais, em articulação com os serviços da câmara, em vez de outros atos, por vezes de um vandalismo mais ou menos disfarçado, que acontecem noutro tipo de praxes», acrescentou.

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