Associação Académica quer levar Direção Geral de Guilherme Portada a tribunal

As contas da Associação Académica da Universidade do Algarve (AAUAlg) podem ir parar ao tribunal, para apurar se houve gestão […]

As contas da Associação Académica da Universidade do Algarve (AAUAlg) podem ir parar ao tribunal, para apurar se houve gestão danosa da Direção Geral (DG) de 2011, presidida por Guilherme Portada, e eventual pedido de indemnização dos danos causados neste período, que a atual direção da AAUAlg alega serem superiores a 300 mil euros.

Num comunicado tornado público este domingo, pouco depois de terem fechado as urnas das eleições autárquicas 2013 (20h51), a AAUAlg, atualmente presidida por Filipa Silva, anunciou que entregou a um advogado a documentação resultante de uma auditoria que foi feita às contas da associação em 2012, «para apuramento de eventuais responsabilidades civis e criminais dos membros da Direção Geral da Associação Académica de 2011».

A decisão de entregar o processo a um especialista em direito vai ao encontro da «vontade dos estudantes da Universidade do Algarve». «Os estudantes da Universidade do Algarve demonstraram, em Assembleia Magna ocorrida em Novembro de 2012, a sua vontade inequívoca de que houvesse um apuramento de responsabilidades à Direção Geral de 2011», garante a atual DG.

Para o efeito, a Assembleia Magna já decidiu, por duas vezes, «criar um Conselho Disciplinar para que houvesse um apuramento interno», que ainda não terá apresentado resultados. «Desta forma, esta inércia transfere para a Direção Geral, de acordo com o aprovado na referida Assembleia Magna, a responsabilidade de dar continuidade ao processo em sede de justiça», consideraram.

Do que foi apurado pela auditoria externa, a atual DG ressalta diversas decisões das equipas presididas por Guilherme Portada, nomeadamente as ligadas à Semana Académica de 2011, que terá tido um prejuízo na ordem dos 250 mil euros.

Além de considerarem que o orçamento para contratação de artistas da festa daquele ano «não cumpriu as regras da prudência e da racionalidade», por ser superior ao normal, acusam Guilherme Portada de ter avançado sozinho para a decisão de contratar o artista Fat Boy Slim, não tendo o contrato sido assinado pelo tesoureiro e administrador da AAUAlg «por discordarem dos valores envolvidos na vinda do artista», neste caso, 140 mil euros.

Relativamente à mesma Semana Académica, «não foram emitidas faturas pelos fornecedores em valor superior a 30 mil euros e não foi contabilizada e paga a retenção na fonte de artistas internacionais no montante de 18 mil euros», por falta de verba, o que veio a onerar as contas dos anos seguintes.

A AAUAlg chama ainda a atenção para o facto de a direção geral de 2011 ter utilizado na íntegra a verba de um contrato de quatro anos com a cervejeira Tagus, «deixando as DG de 2012 e 2013 sem verba a receber pela cervejeira e sem poderem imputar a respetiva parte do montante recebido às suas Semanas Académica e Receção ao Caloiro».

Nota: O Sul Informação já falou com Guilherme Portada, cuja posição e resposta divulgaremos amanhã de manhã, numa peça separada.

 

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