Quem não pode ou não quer mergulhar para ver os antigos navios da Marinha portuguesa afundados ao largo de Alvor vai poder, ainda assim, fazer uma visita virtual ao fundo do mar. Será numa espécie de “submarino”, no novo Núcleo do projeto Ocean Revival instalado no Museu de Portimão, que será inaugurado e aberto ao público na sexta-feira, dia 20 de setembro, às 18h30.
Para criar este inovador núcleo, foi aproveitada uma das alas da cisterna subterrânea do Museu, onde foi instalada uma estrutura que se assemelha ao interior de um submarino, com escotilhas abertas virtualmente para o Parque Subaquático de Portimão, de forma a dar a conhecer a história dos navios afundados a cerca de três milhas da Praia de Alvor, a história do próprio projeto Ocean Revival e ainda acompanhar a evolução da vida marinha nos recifes artificiais.
Luís Sá Couto, o principal mentor do projeto Ocean Revival, explicou ao Sul Informação que este núcleo no Museu de Portimão custou cerca de 80 mil euros, inteiramente suportados pela Musubmar, a associação que promove o projeto e tem a empresa de mergulho Subnauta como a grande contribuinte.
O núcleo, acrescentou, irá «contar a história dos navios, das suas guarnições e patronos», através de sofisticados meios audiovisuais, que integram ecrãs lcd onde serão mostrados filmes.
«Haverá cinco lcd, cada um dedicado ao seu tema, para os quais se poderá olhar através das escotilhas abertas no “submarino”, bem como peças retiradas dos navios afundados», acrescentou Sá Couto. Tudo para mostrar mais um pouco da história das embarcações afundadas, informação destinada a quem não mergulha, mas também aos próprios mergulhadores.
José Gameiro, diretor do Museu de Portimão, salientou, por seu lado, o interesse deste novo núcleo expositivo, que mostra «uma faceta de um projeto atual, sempre em permanente evolução».
No dia seguinte a esta inauguração, sábado, 21 de setembro, às 13 horas, será afundado o navio hidrográfico “Almeida Carvalho“, quarto e último da frota de ex-navios cedidos ao projeto Ocean Revival pela Armada Portuguesa e composta ainda pela corveta “Oliveira e Carmo”, pela fragata “Comandante Hermenegildo Capelo” e pelo patrulha “Zambeze”.
Será o ponto final de um projeto que pretende tornar o Algarve um local importante do turismo de mergulho a nível europeu.
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