Universidade lança portal para ajudar alunos e ex-alunos a encontrar emprego

Os alunos e ex-alunos da Universidade do Algarve (UAlg) têm uma nova ferramenta para procurar emprego, especialmente criada para eles. […]

Os alunos e ex-alunos da Universidade do Algarve (UAlg) têm uma nova ferramenta para procurar emprego, especialmente criada para eles. A Instituição de Ensino Superior (IES) algarvia lançou oficialmente o seu Portal de Emprego esta segunda-feira, um site de âmbito internacional onde os estudantes e diplomados da universidade, bem como empresas da região, são convidados a inscrever-se.

O lançamento oficial só ocorreu ontem, mas o site está online há cerca de uma semana. Neste período, inscreveram-se na bolsa de emprego da UAlg cerca de 1500 alunos e mais de 30 empresas, algo que espelha bem a pertinência da medida.

Este portal resulta de uma parceria entre a UAlg e a Universia, uma rede criada pelo Banco Santander que junta mais de 1200 universidades de 23 países ibero-americanos. Segundo o diretor geral deste projeto Bernardo Sá Nogueira, a rede abrange «15 milhões de alunos e professores», em Portugal, Espanha e na América Latina.

O Portal de Emprego da UAlg surge no âmbito do projeto «Trabajando», uma iniciativa que nasceu no Chile há 14 anos e desde então se espalhou para 11 países, entre os quais Portugal. No nosso caso, o projeto chama-se «Trabalhando» e o Portal de Emprego da UAlg é o oitavo a ser lançado no nosso país, estando previsto que, até ao final do ano, sejam lançados um total de 14 sites de emprego dedicados.

Para aderir, basta visitar o portal e preencher os dados que são solicitados. Algo que é válido tanto para alunos, como para empresas, embora as exigências de dados sejam, obviamente, diferentes. O portal é “amigo do utilizador” e, no caso dos alunos, permite não apenas procurar trabalho, mas também fazer a gestão das candidaturas de emprego e dos documentos utilizados para esse efeito, como o currículo e cartas de apresentação.

Para as empresas, também é facilitada a gestão de procura de recursos humanos, havendo a opção de procurar candidatos com características mito específicas e de criar listas preferenciais de potenciais candidatos, online, para futura referência.

Ao inscrever-se, as empresas precisam «de preencher um formulário algo extenso», mas que é necessário, para que o Portal seja igualmente uma ferramenta que a UAlg possa utilizar para conhecer melhor o mercado de trabalho e seguir o percurso dos seus alunos e ex-alunos.

Esta é uma das vantagens que o Reitor da universidade algarvia João Guerreiro aponta ao projeto. «Este portal vem ajudar a competência da UAlg de orientar os seus diplomados para o mercado de trabalho», considerou. «No fundo, trata-se de concertar a “oferta” da UAlg com as necessidades das empresas», considerou.

Este é um projeto que não tem qualquer custo para a UAlg, que é uma das 26 IES portuguesas parceiras do Universia.

Da parte das empresas, que na sessão de apresentação do portal foram representadas pelas organizações algarvias Hubel e Visualforma, esta é também uma forma bem mais prática de procurar o candidato ideal para as vagas que abrem.

A bolsa de emprego permite a pesquisa geral de currículos (caso os seus donos deem permissão) e inserir critérios muito apertados de busca, para descobrir o diplomado que junte diferentes valências académicas e competências.

Para a fundadora e responsável pelos recursos humanos da Hubel Isabel Conceição, esta é uma ferramenta que lhe irá facilitar o trabalho, até porque a empresa que dirige com o marido «sempre apostou na área do conhecimento» e tem recrutado muitos diplomados da Universidade do Algarve.

Da parte da Visualforma, o Portal também é visto como uma ferramenta muito útil, não só no presente, mas também para o futuro. «Este portal pode ajudar a Universidade a melhorar a sua oferta formativa, em parceria com as empresas e a aproximá-la mais das necessidades reais do mundo do trabalho», considerou Isadora Justo, representante da empresa algarvia.

Um esforço que tem de ser acompanhado pelas empresas que «não podem sempre esperar contratar diplomados com 3 a 5 anos de experiência». Ou seja, há que encontrar «pontes entre a universidade e o mundo empresarial».

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