Presidente da Câmara de Monchique contra cortes de serviços no Hospital de Portimão

Rui André, presidente da Câmara de Monchique, manifestou hoje, em comunicado, a sua Manifestar a sua «frontal oposição à eventual […]

Rui André, presidente da Câmara de Monchique, manifestou hoje, em comunicado, a sua Manifestar a sua «frontal oposição à eventual diminuição das respostas assistenciais do Hospital de Portimão, antigo Hospital do Barlavento Algarvio, e à sua quase total centralização, no que à urgência respeita, no Hospital de Faro».

O jornal «Correio da Manhã» revelava ontem que o Hospital de Portimão «vai perder a maioria das especialidades médico-cirúrgicas e corre o risco de se transformar numa espécie de centro de saúde».

É que, explicava o CM, «a revolução das Urgências, idealizada pela administração do Centro Hospitalar do Algarve, onde a unidade de Portimão está inserida, vai obrigar a que todos os doentes graves sejam transportados para o Hospital de Faro».

O jornal citava mesmo uma fonte hospitalar, que confidenciou que «vão desaparecer todas as especialidades médico-cirúrgicas. Ficam apenas os serviços de Pediatria, Cirurgia Geral, Medicina Interna, Maternidade e Ortopedia, mas apenas para casos que não necessitem de cirurgia». A unidade, segundo a mesma fonte, irá perder também cuidados diários de Psiquiatria, Gastro, Otorrino e Oftalmologia.

Tendo em conta estas notícias, o autarca eleito pelo PSD, que se volta a recandidatar às eleições de 29 de setembro, assume ainda o compromisso de «estar ao lado dos Monchiquenses e dos Algarvios contra quaisquer medidas que ponham em causa o seu direito à Saúde».

Rui André lamenta também que «as mudanças em curso sejam feitas sem qualquer consulta aos autarcas da região, e até ao arrepio daquilo que têm sido as suas posições ao longo dos anos».

É que, salienta, «ninguém conhece melhor as necessidades das populações que aqueles que diariamente com elas contactam. Reconhece-se, obviamente, a difícil situação económica e financeira que o país atravessa mas as medidas de poupança subjacentes a esta “revolução” na saúde algarvia não podem contribuir para agravar ainda mais a crise social, o abandono e a desertificação que afetam as zonas mais carenciadas do Algarve, em particular a sua população mais idosa».

Por estas razões, o presidente da Câmara de Monchique anuncia igualmente que vai «solicitar, com carácter de urgência, reuniões com os Senhores Presidentes da ARS e do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Algarve, com vista a obter esclarecimentos e informações que permitam conhecer, em pormenor, todas as mudanças em curso», reservando por isso «a tomada de outras medidas para momento posterior a essas reuniões».

Ontem, também a candidata do PS à Câmara de Portimão anunciou a sua oposição à perda de serviços por parte do Hospital. Na apresentação do seu programa eleitoral, à noite, Isilda Gomes anunciou mesmo que vai interpor uma providência cautelar para tentar travar esse processo.

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