Rosa Palma quer «começar pelo básico» na Câmara de Silves

«Vamos demonstrar o que o concelho de Silves precisa, dar-lhe o rumo que precisa. Mostrar que fazemos a diferença». Estas […]

«Vamos demonstrar o que o concelho de Silves precisa, dar-lhe o rumo que precisa. Mostrar que fazemos a diferença». Estas são as intenções imediatas de Rosa Palma, da CDU, que ontem foi eleita presidente da Câmara Municipal de Silves.

Rosa Palma acrescentou, em entrevista ao Sul Informação, que a sua equipa vai «começar pelo básico», por exemplo, «pela recolha do lixo», porque «as pessoas não podem ter lixo constantemente à sua porta». Depois, vai também «potenciar os equipamentos públicos e dar-lhes utilização».

É que, salientou, «a Câmara não precisa de ser milionária para fazer essas coisas».

A nova autarca, que foi vereadora da CDU durante os quatro anos anteriores, depois de eleita nas Autárquicas de 2009, e que muitas vezes serviu de fiel da balança, já que o PSD, que antes detinha a presidência da Câmara, não tinha maioria, conhece bem os problemas da Câmara.

E sabe, por exemplo, que «a Câmara de Silves tem um grave problema, que é a dívida a médio e a longo prazo». A isso, junta-se o facto de a autarquia ser responsável pelo pagamento da dívida relativa ao polémico caso Viga d’Ouro, no valor de 8 milhões de euros.

«Ao longo destes anos, a dívida aumentou e as receitas diminuíram. Houve má gestão, falta de planeamento, eleitoralismo e não se olhar a meios para ganhar votos». Mas isso é algo que, garante Rosa Palma, vai acabar agora, com a sua presidência.

Manifestando-se «muito feliz» com o resultado da CDU, que a levou a reocupar uma cadeira onde os comunistas já estiveram, Rosa Palma faz questão de explicar que a campanha que fez foi sempre no sentido de «levar as pessoas a votar».

«As pessoas estão afastadas da política, com tudo o que vêem diariamente na televisão. Quisemos mostrar que há políticos diferentes, que querem trabalhar pelo bem público. O objetivo era mesmo garantir a menor abstenção possível», acrescentou.

E será que estava à espera desta vitória, algo inesperada? «Quando concorremos, é sempre com o intuito de ganhar. Nós, eu e a minha equipa, estamos preparados para isto. Tive o privilégio de escolher elementos com grande ligação e que se completam uns aos outros. Somos uma verdadeira equipa».

A nova autarca, que é professora em Silves, depois das emoções da noite de ontem, hoje esteve todo o dia nas aulas, «a tratar dos meus alunos, de quem gosto muito».

Mas a escola terá agora que ficar de lado. E a família também vai sofrer, já que o marido de Rosa Palma é João Carlos Correia, o presidente reeleito da Junta de Freguesia de São Bartolomeu de Messines, também da CDU.

Por isso mesmo, por serem um verdadeiro casal de autarcas, Rosa Palma fez ainda questão de sublinhar que o seu trabalho passará por «tratar todas as Juntas por igual e respeitar o papel dos presidentes de Junta».

Agora só falta, portanto, arregaçar as mãos e trabalhar. Para isso, a autarca comunista terá de conseguir alguns consensos com os vereadores da oposição (PSD e PS), já que a vitória não lhe garantiu a maioria absoluta no executivo camarário. Uma tarefa que poderá não ser fácil, mas para a qual se afirma preparada.

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