Uma vigília contra o encerramento das Urgências e das Especialidades Médico-Cirúrgicas no Hospital de Portimão está marcada para esta noite, às 21h00, à porta da unidade hospitalar.
A vigília está a ser promovida por um grupo de cidadãos descontentes com as medidas que se anunciam para o hospital.
O fecho de algumas especialidades foi noticiado ontem pelo jornal «Correio da Manhã», no âmbito da reestruturação dos serviços de saúde após a criação do Centro Hospitalar do Algarve.
O jornal «Correio da Manhã» revelava ontem que o Hospital de Portimão «vai perder a maioria das especialidades médico-cirúrgicas e corre o risco de se transformar numa espécie de centro de saúde».
É que, explicava o CM, «a revolução das Urgências, idealizada pela administração do Centro Hospitalar do Algarve, onde a unidade de Portimão está inserida, vai obrigar a que todos os doentes graves sejam transportados para o Hospital de Faro».
O jornal citava mesmo uma fonte hospitalar, que confidenciou que «vão desaparecer todas as especialidades médico-cirúrgicas. Ficam apenas os serviços de Pediatria, Cirurgia Geral, Medicina Interna, Maternidade e Ortopedia, mas apenas para casos que não necessitem de cirurgia». A unidade, segundo a mesma fonte, irá perder também cuidados diários de Psiquiatria, Gastro, Otorrino e Oftalmologia.
Estas notícias já levaram a que Isilda Gomes, candidata do PS à presidência da Câmara de Portimão, tenha anunciado ontem que irá apresentar uma providência cautelar contra tais medidas, enquanto setores políticos tão diferentes como o presidente da Câmara de Monchique, o social-democrata Rui André, e ainda o Bloco de Esquerda de Portimão já manifestaram a sua oposição ao fecho de serviços hospitalares.
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