«Villa-Lobos em Movimento» mistura dança, música…e Brasil

«Uma transcrição coreográfica ou uma leitura em movimento». Este podia ser um sumário do espetáculo «Villa-Lobos em Movimento», criado por […]

«Uma transcrição coreográfica ou uma leitura em movimento». Este podia ser um sumário do espetáculo «Villa-Lobos em Movimento», criado por Tela Leão e que tem como intérpretes Simone Marçal (dança) e Josué Nunes (guitarra clássica).

Depois da estreia na Biblioteca de Tavira, no fim de semana passado, o espetáculo vai agora ser apresentado no dia 5 de outubro, às 21h00, no Teatro Mascarenhas Gregório, em Silves, no dia 12, às 18h00, no Museu do Trajo de São Brás de Alportel, e ainda no dia 19, também às 18h00, na Capela da Pousada do Convento da Graça, em Tavira.

«Esta performance criada com conhecimento de causa e dirigida por Tela Leão leva o público numa jornada pela evolução da identidade cultural do Brasil. Usa peças de Villa-Lobos para guitarra clássica, brilhantemente interpretadas por Josué Nunes, para acompanhar os movimentos fluentes de Simone Marçal, cujo rosto expressivo nos conduz através dos sempre mutantes estados de espírito e vários idiomas narrativos do programa», escreveu Len Graham, crítico e animador cultural britânico.

Partindo da música do compositor brasileiro Heitor Villa-Lobos, o espetáculo é construído à volta de um quase diálogo entre a bailarina (Simone Marçal) e o músico (Josué Nunes).

A produção salienta que «Villa-Lobos é o mais conhecido dos compositores “nacionalistas” brasileiros. Villa-Lobos em Movimento é uma releitura das suas peças para guitarra clássica, interpretadas também através da dança».

Assim, a peça apresenta os cinco Prelúdios para guitarra que o próprio Villa-Lobos dedicou a diferentes personagens da cultura brasileira, intercalados por estudos e choros que ajudam a completar as ideias sugeridas pelos prelúdios e metaforizadas pelos movimentos.

«O recital evolui a partir do reconhecimento das influências europeias levadas para o Brasil pela colonização portuguesa durante o reinado de D. João VI. DelasVilla-Lobos se apropriou, para as desconstruir e remodelar com uma intencional e intensa contaminação pelas tradições, folguedos e crenças populares oriundas das convivências com o escravo africano e com o que havia restado das civilizações indígenas, criando uma obra genuinamente brasileira que vem influenciando várias gerações de compositores».

A peça termina com a homenagem ao índio, «o componente original deste amálgama a que se chama povo brasileiro».

O espetáculo criado por Tela Leão é uma produção da Ritmo Alternado, de Tavira, e conta com os apoios da Direção Regional de Cultura do Algarve, Consulado do Brasil e Câmara Municipal de Tavira.

 

Programa:

5 de Outubro às 21h00 no Teatro Mascarenhas Gregório em Silves.
Bilhetes já à venda no Castelo de Silves e no Museu de Arqueologia de Silves e no Teatro Mascarenhas Gregório 1 hora antes do espetáculo.

12 de Outubro às 18h00 no Museu do Trajo de São Brás de Alportel.
Informações e reserva Amigos do Museu: tel 966 329 073.

19 de Outubro às 18h00 na Capela da Pousada do Convento da Graça em Tavira.
Bilhetes à venda na Capela da Pousada 1 hora antes do espetáculo.

 

 

 

 

A equipa:

Tela Leão (Manaus, Brasil, 1951), programadora cultural. Vive em Tavira desde 2007.
Na Expo de Lisboa foi diretora adjunta de programação responsável pelos países participantes que não de língua portuguesa.
Dirigiu a programação cultural do Pavilhão de Portugal nas Expos de Hannover em 2000 e Zaragoza em 2008. Coordenou a programação de “Lisboa em Festa” 2004.
Participou na conceção e foi gestora do portal On the Move para o IETM Informal European Theatre Meeting, até 2003. Assistente do primeiro comissário do evento “Faro 2005 Capital Nacional da Cultura”.
Participou da equipa de programadores da Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República.
A partir de 12 de Outubro de 2011 passou a integrar a lista de eventuais peritos para a Agência de Execução de Educação, Audiovisual e Cultura da Comissão Europeia, no domínio da cultura.
Autora da ideia original e roteiro do espetáculo Conta-me Outros Fados, com o Al-Masrah Teatro. Autora do roteiro e encenadora para Villa-Lobos em Movimento e Vianna da Motta em Cenas Portuguesas com a Ritmo Alternado.

Josué Nunes (Tavira, 1974), guitarra clássica.
Estudou no Conservatório Regional do Algarve Maria Campina e licenciou-se pela Escola Superior de Música de Lisboa. Mestrado no Instituto Piaget.
Master-Classes com Dejan Ivanovik, António Jorge Gonçalves, Darko Pedrinjak, Robert Brightmore e Hubert Kappel.
Tem-se apresentado no Conservatório de Tomar Canto Firme, no 1º Festival de Música Erudita de Tavira e no conservatório de Viena de Áustria, entre outros.
Solista convidado no 1º Festival de Música Erudita de Tavira, 6º Festival Internacional de Guitarra S. Filipe Néri, Bolonha e no Festival Med2011.
Gravou em 2011 com o CD Renascer, dedicado a obras de J.S. Bach, e em 2012 o CD Recital. André Santos dedicou-lhe a obra “Ponte dos Lamentos”.

Simone Torres Marçal
(São Paulo, Brasil, 1977), formou-se como bailarina e professora de dança no Estúdio de Dança Terpsícore (Brasil).
Domina diversos géneros de dança (contemporânea, afro, populares brasileiras, tradicionais europeias, medievais, técnicas de dança chinesa) bem como outras disciplinas na área da educação física.
Dedica-se à arte da dança e ao seu aperfeiçoamento através de uma rotineira frequência de cursos e workshops.
Frequentou a licenciatura em Dança pela Faculdade Paulista de Artes, é licenciada em Educação Física e Desporto e frequenta o Mestrado em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário pelo Instituto Superior Dom Afonso III.
Atuou como bailarina em diversas companhias de dança entre as quais destaca o Ballet Popular Brasileiro e China National Song and Dance Ensemble (China) entre 2004 e 2005.
Desde 1997 ministra aulas de Ballet Clássico, Dança Jazz e Dança Contemporânea, inicialmente no Brasil e a partir de 2007 em Portugal.
Atualmente é professora de Dança Clássica, Jazz e Dança Contemporânea, no Conservatório Regional de Vila Real de Santo António e na Academia de Música de Tavira.
Desde 2011 faz parte do Projeto Mu_Dança, onde desempenha a função de bailarina e coreógrafa.

Cia Passos de Dança de Adriana Castro (Londrina, Brasil, 1983), coreógrafa. Formou-se em ballet clássico e dança contemporânea.
Em 2000 passou a integrar a companhia de dança contemporânea “Ballet de Londrina”.
Deu aulas de dança nos bairros periféricos da cidade com a “Rede da Cidadania”.
Em 2003 concorreu com 300 bailarinos e conquistou uma de quatro vagas no Ballet Castro Alves, na Bahia.
Tem sua própria companhia, a Cia Passos de Dança, baseada em Londrina. Numa visita a Tavira colaborou neste projeto.

Analuisa Almada (São Paulo, Brasil, 1976), bailarina e coreógrafa.
Estudou dança com Margie Gilles, Paulo Ribeiro, Clara Andermatt, Peter Michael Dietz e na Escola Superior de Dança do Instituto Politécnico de Lisboa.
No Brasil estudou com Sonia Motra e Tica Lemos. Fez workshop de teatro com João Garcia Miguel e especializou-se na técnica Meisner com Tony Pierce na New School of Drama em Toronto.
Apresentou suas criações coreográficas no Festival Nacional de Dança de Ourinhos, no The Place Theatre em Londres, na McMaster Dance Company em Hamilton, Canadá, no Fringe Festival em Toronto, Canadá, e em Portugal na Escola Superior de Dança de Lisboa.
Dirigiu a peça The Odd Couple, Female Version de Neil Simon, para o Mississauga Players em Toronto.

5 de Outubro às 21h00 no Teatro Mascarenhas Gregório em Silves.

Bilhetes já à venda no Castelo de Silves e no Museu de Arqueologia de Silves e no Teatro Mascarenhas Gregório 1 hora antes do espetáculo.

12 de Outubro às 18h00 no Museu do Trajo de São Brás de Alportel.

Informações e reserva Amigos do Museu: tel 966 329 073.

19 de Outubro às 18h00 na Capela da Pousada do Convento da Graça em Tavira.

Bilhetes à venda na Capela da Pousada 1 hora antes do espetáculo.

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