Comércio do Centro Histórico de Vila Real de Santo António recebe maior operação de requalificação de sempre

O Centro Histórico de Vila Real de Santo António está a ser alvo da maior operação de requalificação jamais realizada. […]

O Centro Histórico de Vila Real de Santo António está a ser alvo da maior operação de requalificação jamais realizada. A intervenção, avaliada em um milhão e meio de euros, pretende transformar a cidade numa referência turística e comercial e tem em consideração as necessidades de cada estabelecimento.

O processo, em marcha desde abril de 2013, é financiado pelo fundo comunitário Jessica e deu origem à criação da marca «VRSA a Céu Aberto», através da qual estão a ser levadas a cabo todas as ações ao nível económico, turístico, patrimonial e cultural.

A maior fatia do investimento está a ser aplicada no comércio, o que passa pela renovação total da imagem exterior das lojas e pela padronização de toldos, expositores e material publicitário.

Na área da cafetaria e restauração, o projeto centra-se na uniformização de todo o equipamento relacionado com esplanadas (mesas, cadeiras e material de sombreamento), enquadrando-as na arquitetura e na identidade visual do centro histórico.

O plano de intervenção permitiu igualmente a recuperação de um dos edifícios mais emblemáticos da cidade – a antiga Alfândega – pondo fim à degradação daquele imóvel histórico.

Para Luís Gomes, presidente da Câmara Municipal de VRSA, «este conjunto de medidas representa um dos maiores investimentos realizados no comércio da cidade e é totalmente suportado por fundos comunitários, o que é especialmente relevante numa época em que se assiste a uma profunda redução deste tipo de apoios».

«Estamos a trabalhar para dar novas dinâmicas ao centro histórico, provando que é possível sermos proativos e investirmos mesmo em tempos de crise», prosseguiu Luís Gomes.

O azul e o branco são as cores predominantes da nova linguagem gráfica, numa alusão ao rio Guadiana e à extensa faixa costeira co concelho. Os símbolos e texturas escolhidos fazem também alusão à história de VRSA e aos poetas do concelho.

Na Praça Marquês de Pombal – o principal cartão-de-visita da cidade – o projeto Jessica promoveu a renovação do pavimento exterior, substituindo-o por um novo material mais seguro e apto a pessoas com mobilidade reduzida.

Simultaneamente, está a decorrer a valorização e a iluminação do obelisco e da igreja, bem como a ocultação de cabos elétricos e de telecomunicações, dignificando os principais edifícios da praça.

A pensar no turismo, foi colocada sinalética comercial e instalados 15 painéis de sinalética cultural (destinados a identificar e assinalar os edifícios mais emblemáticos da história de VRSA). Paralelamente, foram implementados diversos pontos de sinalética vertical para encaminhar os visitantes para o centro da cidade.

Disso é exemplo a exposição ao ar livre sobre a história de VRSA e do urbanismo iluminista, onde se evidencia a importância do seu centro histórico, considerado um dos mais bem preservados exemplos de arquitetura iluminista a nível europeu.

Para envolver a comunidade, foi igualmente desenvolvido um projeto de arte urbana em diversas ruas de VRSA, dando nova vida aos edifícios que se encontravam em estado de degradação.

Ao nível da requalificação do espaço público, foram ainda criados múltiplos pontos de descanso no centro histórico e melhorada a leitura da toponímia da cidade.

 

Sobre a medida Jessica

 

O contrato referente ao programa Jessica, assinado a 27 de Setembro 2012, foi o primeiro a ser formalizado no Algarve e tem como objetivo a coesão social, territorial e económica.

O financiamento é concedido na proporção de 50% por recurso a fundos próprios do Turismo de Portugal, IP e de 50% por recurso a fundos geridos pelo Turismo de Portugal.

Na sua globalidade, espera-se que este conjunto de planos, gerido pela empresa municipal SGU, potencie novos nichos de mercado e crie um ambiente atrativo ao investimento imobiliário e turístico no centro histórico de VRSA, já protegido por um Plano de Salvaguarda e por um Programa de Reabilitação Urbana.

Comentários

pub