Projeto de agricultores portugueses em concurso europeu de combate às alterações climáticas

O projeto da Terraprima “Sown Biodiverse Pastures for climate change mitigation and soil protection” está submetido à votação pública no […]

O projeto da Terraprima “Sown Biodiverse Pastures for climate change mitigation and soil protection” está submetido à votação pública no concurso europeu “Um Mundo que me agrada – com um Clima de que gosto”.

Financiado pelo Fundo Português de Carbono, o projeto da PME nacional envolve mais de 1 000 agricultores em 50 mil hectares no Centro e Sul de Portugal e promove o sequestro de 1 milhão de toneladas de carbono, o que o torna um dos projetos a concurso com maior efeito na mitigação das alterações climáticas.

O projecto pode ser consultado em http://world-you-like.europa.eu/pt/historias-de-sucesso/apresentacao-dos-projetos/sown-biodiverse-pastures-for-climate-change-mitigation-and-soil-protection e a votação pública decorre até 6 de Setembro, às 23h00 (hora de Portugal).

No final da votação pública, os 10 projetos mais votados pelo público serão submetidos a um júri, que selecionará três vencedores.

Em cinco países (entre os quais Portugal), os 10 projetos mais votados pelo público serão submetidos ao júri, que selecionará cinco vencedores nacionais. Estes farão parte de uma campanha publicitária nacional no Outono de 2013.

«A remoção e sequestro de carbono da atmosfera que o projeto promove deve-se à grande produtividade das Pastagens Semeadas Biodiversas. Esta produtividade resulta numa extraordinária abundância de raízes que levam a um grande aumento da matéria orgânica no solo», explicam os promotores do projeto.

Com este aumento, o projeto promove, também, a retenção de água, a fertilidade do solo e a diminuição da susceptibilidade à erosão.

«Estes benefícios ambientais são particularmente relevantes, pois a área de implementação do projeto coincide significativamente com a identificada pelo Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação como sendo de alta susceptibilidade à desertificação», acrescentam.

Sendo as Pastagens Semeadas Biodiversas mais produtivas e com capacidade natural de fixação de azoto, «também permitem reduzir os impactos ambientais associados à produção de fertilizantes e rações. O mato é controlado de forma mais eficiente e com menos custos, reduzindo-se o risco de incêndio».

Recentemente, e por ocasião do Dia Mundial do Combate à Seca e à Desertificação, a Terraprima foi laureada pela Comissão Nacional de Combate à Desertificação com o certificado “Campeões das Zonas Áridas 2013”.

O galardão foi atribuído no dia 17 de Junho pelo secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural numa cerimónia no Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território.

No concurso promovido pelas Nações Unidas Land for Life 2012, a PME portuguesa foi um dos 15 semi-finalistas entre mais de 100 candidaturas de 52 países.

A Terraprima recebeu ainda uma Menção Honrosa nos Green Project Awards em 2011 e foi reconhecida com a atribuição do Galardão Climático Ouro Empresas 2010 da Associação Portuguesa de Engenharia do Ambiente.

A Terraprima – Serviços Ambientais é uma Spin-off do Instituto Superior Técnico com uma certificação PME LIDER, cujo trabalho na sustentabilidade da agricultura foi reconhecido como um caso de sucesso de empreendorismo pela UTEN – University Technology Enterprise Network.

O conhecimento e a base técnica que orientam a atividade da Terraprima desde 2008 são fornecidos por uma equipa multidisciplinar que inclui dois engenheiros florestais, uma doutorada em Engenharia Florestal, um engenheiro biofísico, uma engenheira agrónoma e um mestre e um doutorado em Engenharia do Ambiente.

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