Isilda Gomes admite «erros do passado» na Câmara de Portimão mas quer «liderar pelo exemplo»

«Foram cometidos erros no passado, a dívida é, hoje, um problema real de que não nos podemos alhear e que […]

«Foram cometidos erros no passado, a dívida é, hoje, um problema real de que não nos podemos alhear e que vai condicionar a vida futura dos portimonenses», admitiu ontem Isilda Gomes, candidata do PS à presidência da Câmara de Portimão, no discurso da apresentação das listas socialistas a todos os órgãos autárquicos do concelho.

A sessão, que decorreu no auditório principal do Teatro Municipal de Portimão completamente cheio, contou com a presença de alguns notáveis do partido, a nível regional e nacional, como João Torres (secretário-geral da JS), João Soares, João Proença (ex-líder da UGT), Jamila Madeira, Miguel Freitas e António Eusébio.

Apesar de reconhecer as dificuldades com as quais se debate a Câmara de Portimão, Isilda Gomes garantiu que «nunca me ouvirão criticar apenas por criticar. Criticar sem apontar alternativas, além de não resolver problema nenhum, desmobiliza, desmoraliza e enfraquece».

A candidata defendeu mesmo que «disso é o que Portimão menos precisa. É fácil agora olhar para trás e apontar falhas. O difícil, meus caros amigos, é olhar para o futuro… É olhar para o futuro e encontrar uma luz de esperança. E é isso que, por mais difícil que possa parecer, me proponho fazer».

A candidata socialista manifestou ainda a sua intenção de «liderar Portimão pelo exemplo», através de «uma conduta pública ao serviço dos cidadãos, orientada por padrões éticos que contrariem, pela prática, a má imagem que as pessoas têm da política e dos políticos».

E afirmou o projeto de «simplificar a estrutura do governo municipal, garantindo qualidade, acessibilidade e transparência dos serviços municipais», contando para isso com «a experiência e formação dos funcionários da autarquia para gerir a cidade e, com isso, fazer melhor uso dos dinheiros públicos».

«A administração do erário público que queremos pressupõe que cada euro gasto ou qualquer outro recurso utilizado sejam devidamente justificados. Iremos também privilegiar projetos que tenham um efeito de alavancagem na economia local, projetos cuja relação custo/benefício seja inquestionável», acrescentou Isilda Gomes no seu discurso.

Em relação às empresas municipais, a candidata defendeu «um setor empresarial local profissional, gerido segundo critérios de sustentabilidade e transparência, prestando serviços de qualidade cuja necessidade seja reconhecida pelos cidadãos».

Não fugindo aos problemas, Isilda Gomes recordou que «a Câmara Municipal de Portimão estará sob um programa de ajuda para reequilibrar as suas contas».

Esse programa, por si só, «obrigará a uma prestação de contas mais regular», mas a candidata afirmou a sua vontade de «ir mais além» e assim «envolver todos os agentes políticos e não políticos do nosso concelho», promover todos os anos «um debate que sirva de balanço da execução do PAEL e da execução orçamental da Câmara, um debate que avalie o passado, mas também que projete o ano seguinte. Um verdadeiro debate anual sobre o estado município».

«Vamos também pedir auxilio a entidades externas para que nos ajudem a identificar os pontos mais vulneráveis da estrutura camarária, os pontos mais suscetíveis de sofrerem pressões externas e isto para que os procedimentos da Câmara sejam os mais claros e transparentes possíveis».

 

LISTAS DO PS AOS ÓRGÃOS AUTÁRQUICOS DE PORTIMÃO:

Câmara Municipal de Portimão

Isilda Gomes
Castelão Rodrigues
Ana Figueiredo
Mário Freitas
João Gamboa
Ana Vicente
Carlos Cano Vieira
Emídio Batista
Suzana Guedes
Alcides Farinha
Joaquim Paulino
Maiana Santos
Luís Correia
Hermínio Rebelo

 

Assembleia Municipal de Portimão

Francisco Florêncio
João Vieira
Sheila Tomé
José Figueiredo
Carlos Café
Teresa Mendes
José Pedro Cardoso
Júlio Ferreira
Alzira Calha
Luís Verissimo
José Luís Barbudo
Fátima Reis
Pedro Rosado
Paulo Coelho
Alzira Cidade
Filipe Cabral
Campos David
Otília Andrade
Renato Rebelo
Malaquias Ferreira
Laura Pereira
João Gouveia
Marcelo Gomes
Conceição Pargana
João Miguel Judice
Manuel Mariano
Liliane Briceag
Avelino Varela
Walter Gomes
Ana Costa Alves
Fernando Nicho
Baliza Águas
Margarida Duarte
Eduardo Catarino

 

Assembleia de Freguesia de Portimão

Álvaro Bila
Ilidio Poucochinho
Maria da Luz
Filipe Santos
Pedro de Jesus
Susana Pires
Clemente Camarinha
José Lourenço
Sónia Oliveira
António Correia
António Vitorino
Filipa Florêncio
Amilcar Bentes
Claudio Ventura
Luciana Fonseca
Rui Rosa
Ana Vieira
Desidério Cabrita
Luis Santos
Maria Santos
Patrick Leite
João Lagartinho
Claudia Coelho
Sandra Flosa
Armindo da Silva
Rui Lourenço
Daniela Ramos
António Cândido Glória

 

Assembleia de Freguesia da Mexilhoeira Grande

José Vitorino
Mónica Afonso
Jorge José Alexandre
Jorge Caetano
Idalécia Carmo
Paulo Vicente
Jorge Santos
Lígia Agostinho
Manuel Penteado
José Elias
Maria da Luz
António Sousa
Célia Elias
Fátima Baiona

 

Assembleia de Freguesia de Alvor

Artur Santana
Ivo Carvalho
Maria Eduardo
Dalila da Silva
Francisco Santana
Carlos Palhinha
Cristina Pestana
Bruno Marreiro
Filipe Batista
Patrícia Santana
Amândio Sebastião
José Amândio
Elisa Pestana
Diana Nicolau
Patrícia Coutinho
Acúrcio Guerra

 

Discurso de Isilda Gomes:

 

«Meu Caro Mahomed Americano,
Caros Alvaro Bila, José Vitorino e Artur Santana,
Meu caro João Torres,
Meu caro António Eusébio,
Meu caro Miguel Laranjeiro,
Caras e caros amigos,

Quero começar por agradecer a presença dos oradores que me precederam e agradecer as suas palavras. Acreditem que o vosso estímulo e o vosso apoio traz ainda mais força a esta candidatura. Um agradecimento pessoal e muito sentido, ao João Soares, ao João Proença à Jamila Madeira e ao Miguel Freitas que fizeram questão de demonstrar o apoio a esta candidatura com a sua presença. Ainda um agradecimento pessoal ao Manuel da Luz, e um beijinho especial ao Vasco Moura, que aceitou ser o meu mandatário para a Juventude.

Quando tomei a decisão de encabeçar um projeto de mudança para a nossa cidade, estava ciente das dificuldades, sabia que o percurso que teríamos de fazer seria difícil, sabia que o trabalho que tinha pela frente seria árduo, estava consciente de que construir Novos Rumos para Portimão seria uma enorme tarefa.

Decidi candidatar-me em obediência estrita à minha própria avaliação da realidade do Município de Portimão e à noção que tinha e tenho da necessidade de Portimão e todos os seus actores empreenderem um percurso rumo à mudança.

Olhando hoje para trás, reconheço que ao princípio existiram resistências, e se em qualquer processo de mudança isso acontece, num partido político essas resistências são sempre mais vincadas. Os partidos são por natureza estruturas conservadoras e o PS de Portimão não é, não foi, neste aspecto, uma excepção.

Mas o facto é que, após um debate interno muito disputado e porque não, muito apaixonado, a esmagadora maioria dos militantes acabou por partilhar da necessidade de ocorrer um corte com o passado e da necessidade de entrarmos num novo ciclo. A ideia de que era necessário traçar novos rumos para o futuro de Portimão saiu vencedora.

Hoje, mais de dois anos depois, estou absolutamente convicta de que esta foi uma decisão acertada. A presença de todos vós aqui, mulheres e homens que nasceram em Portimão ou que fizeram desta a sua terra, pessoas que se envolvem na vida do seu concelho, pessoas que continuam a acreditar na importância da democracia como a melhor forma de definir o nosso futuro colectivo…
A vossa presença hoje é, além de uma enorme demonstração de carinho e de apoio, um voto de confiança. E garanto-vos que tudo farei para não vos defraudar.

Caras e caros amigos,

O dia de hoje assinala simbolicamente uma nova etapa nesta candidatura. A partir de hoje, esta deixa de ser a candidatura da Isilda Gomes e passa a ser uma candidatura de mulheres e de homens de Portimão.

Dezenas de mulheres e de homens que acreditam nas suas capacidades e nas capacidades dos seus concidadãos.Dezenas de mulheres e homens que decidiram dar a cara por um projecto de renovação e de mudança. Foram eles que encheram este palco e é neles que deposito a minha confiança. Para todos os que aceitaram o desafio de fazer parte dos Novos Rumos que queremos para Portimão, peço-vos, desde já, uma grande salva de palmas.

Com o Artur Santana em Alvor, o José Vitorino na Mexilhoeira Grande ou o Álvaro Bila em Portimão, com o Francisco Florêncio na Assembleia Municipal ou comigo no executivo da Câmara, estes são os rostos dos Novos Rumos. Esta é a equipa que, a partir de 29 de Setembro, traçará novos rumos para Portimão

Na apresentação oficial da minha candidatura, em Abril passado, assumi o compromisso de ouvir o maior número possível de pessoas, no sentido de garantir a construção de um projecto participado, onde todos, sem exceção, pudessem dar o seu contributo.

De Abril até agora, foram dezenas as instituições que visitei, centenas os portimonenses com quem falei. Reconheci velhas caras, mas também conheci muita gente nova, muitos jovens inconformados que recusam baixar os braços perante as dificuldades.

Ouvi os anseios, os sonhos, mas também as dificuldades.
Ouvi as propostas, as ideias, mas também as reclamações.
Ouvi muito mais do que falei. Aprendi muito com todos eles.

Portimão está vivo, o dinamismo das suas coletividades, das suas associações e de todas as instituições, fazem-me ter esperança num futuro mais risonho.

Percebi também que, neste momento, a nossa maior tarefa é recuperar a confiança daqueles que, por uma ou outra razão, se afastaram de nós. E se se afastaram, a culpa é nossa e só nossa. Só com humildade, a humildade de quem sabe que não sabe tudo, a humildade de quem sabe que vai cometer erros porque vai ser chamado a decidir… Só com humildade, dizia eu, será possível cumprir esta tarefa – reconquistar a confiança dos portimonenses.

Foram cometidos erros no passado, a dívida é, hoje, um problema real de que não nos podemos alhear e que vai condicionar a vida futura dos portimonenses.

Mas de uma coisa podem ter a certeza: nunca me ouvirão criticar apenas por criticar. Criticar sem apontar alternativas, além de não resolver problema nenhum, desmobiliza, desmoraliza e enfraquece.

E disso é o que Portimão menos precisa. É fácil agora olhar para trás e apontar falhas. O difícil, meus caros amigos, é olhar para o futuro… É olhar para o futuro e encontrar uma luz de esperança. E é isso que, por mais difícil que possa parecer, me proponho fazer. Devolver a esperança a Portimão, encontrar Novos Rumos para Portimão!

Queremos contar com todos. Todos os contributos são válidos!

A gestão autárquica do futuro terá forçosamente de ser feita com base em compromissos. Compromissos com os cidadãos, mas também compromissos com todos os que, tendo responsabilidades, queiram o melhor para a nossa terra. Nunca encontrarão em mim um obstáculo aos contributos da oposição. O papel da oposição é fundamental numa democracia madura. Podemos nem sempre estar de acordo, mas é na diferença, é no debate aberto e franco, que saberemos encontrar os consensos que permitirão alcançar as soluções do futuro.

Quero aproveitar este momento para saudar democraticamente os outros candidatos a estas eleições. Conheço-os a todos. Tenho a certeza de que aquilo que os move é apenas o amor a Portimão. Partilho com eles esse amor e, por isso, todos teremos um importante papel a desempenhar no futuro da nossa terra.

Assumi que não faria promessas que não possa cumprir.

Tenho consciência das dificuldades e dos constrangimentos com que a autarquia se debate.
Mas, meus caros amigos, há tanto por fazer! E há tanto para fazer sem se gastar um euro que seja.
Portimão está hoje dotado de um conjunto ímpar de equipamentos de que este Teatro é um belo exemplo.

O que as pessoas que me abordam na rua me pedem, o que me têm pedido quando vou à Boavista, quando passo nos Montes de Alvor, quando visito a Figueira, não é que se construam equipamentos… o que me têm pedido é muito mais do que isso…é que olhe pelas pessoas… E, por isso, reafirmo aqui hoje,
As obras do futuro são as pessoas!

Caras e caros amigos,

Identificámos já algumas áreas prioritárias de atuação.

Liderar Portimão pelo exemplo é o compromisso a assumir desde o primeiro dia do mandato, uma conduta pública ao serviço dos cidadãos, orientada por padrões éticos que contrariem, pela prática, a má imagem que as pessoas têm da política e dos políticos.

Assim, a gestão da câmara municipal deve reger-se por critérios de eficiência, rigor e transparência. Queremos simplificar a estrutura do governo municipal, garantindo qualidade, acessibilidade e transparência dos serviços municipais.

Conto com a experiência e formação dos funcionários da autarquia para gerir a cidade e, com isso, fazer melhor uso dos dinheiros públicos.

A administração do erário público que queremos pressupõe que cada euro gasto ou qualquer outro recurso utilizado sejam devidamente justificados. Iremos também privilegiar projetos que tenham um efeito de alavancagem na economia local, projetos cuja relação custo/benefício seja inquestionável.

Queremos um setor empresarial local profissional, gerido segundo critérios de sustentabilidade e transparência, prestando serviços de qualidade cuja necessidade seja reconhecida pelos cidadãos.

A Câmara Municipal de Portimão estará sob um programa de ajuda para reequilibrar as suas contas. Esse programa, por si só, obrigará a uma prestação de contas mais regular, mas eu quero ir mais além!

Quero envolver todos os agentes políticos e não políticos do nosso concelho, quero que anualmente se faça um grande debate, um debate que sirva de balanço da execução do PAEL e da execução orçamental da Câmara, um debate que avalie o passado, mas também que projete o ano seguinte. Um verdadeiro debate anual sobre o estado município.

Vamos também pedir auxilio a entidades externas para que nos ajudem a identificar os pontos mais vulneráveis da estrutura camarária, os pontos mais susceptíveis de sofrerem pressões externas e isto para que os procedimentos da Câmara sejam os mais claros e transparentes possíveis.

Não tenhamos medo de enfrentar os problemas, não tenhamos medo da democracia e do escrutínio por parte de quem nos elege.

No âmbito da Assembleia Municipal, proporemos a criação de uma comissão de orçamento e finanças, com uma oposição mais informada e mais atuante, teremos um executivo mais rigoroso e mais exigente consigo mesmo.

Aproximar os autarcas eleitos dos cidadãos será outra das minhas prioridades. Por que é que os vereadores não fazem atendimento nas sedes das freguesias? Comigo, todos os vereadores, pelo menos semestralmente, receberão os munícipes nas sedes das juntas de Alvor e da Mexilhoeira Grande.

Comigo, existirão reuniões do executivo da Câmara fora dos Paços do Concelho. Se os cidadãos deixaram de participar nas reuniões públicas, teremos de ser nós a ir ao seu encontro, onde quer que estejam. Só assim atingiremos o objectivo de abrirmos as portas da autarquia aos portimonenses.

A Democracia não se esgota, não se pode esgotar, no dia das eleições. Teremos de aprofundar os mecanismos de controlo dos cidadãos ao trabalho dos seus autarcas, queremos reuniões mais participadas, queremos envolver mais o concelho nas escolhas da sua Câmara Municipal. Queremos cidadãos mais exigentes e mais reivindicativos.

Prestar contas, mais do que uma obrigação, é a única forma de recuperarmos a confiança da população na sua autarquia.

E tudo isto representa zero em termos de despesa. Aliás, a bem da verdade, todas as medidas conducentes a uma gestão mais criteriosa e transparente dos dinheiros públicos podem representar uma poupança considerável no Orçamento Municipal.

Na difícil situação económica em que todos vivemos, as cidades têm de ser elementos ativos na construção de novos rumos para sairmos da crise. Hoje, o desemprego e as graves consequências que daí advém são uma preocupação constante da população. Estamos bem conscientes disso, e devemos agir de forma muito eficaz a este respeito.

Sabemos que a Câmara Municipal tem atribuições limitadas, tanto na política de emprego como em assuntos económicos. Mas mesmo assim, assumimos o compromisso de ambas as questões serem elementos nucleares na nossa actividade municipal.

Queremos ter a responsabilidade de criar as condições para que os empresários e as empresas invistam em Portimão, gerando, assim, emprego de qualidade.

Queremos promover a empregabilidade no concelho e estimular o mercado de trabalho local. É preciso eliminar obstáculos administrativos, desburocratizar, acompanhar empresas e empreendedores no seu trabalho, nas suas dificuldades e sucessos. Ou seja, criar um clima propício para que quem investe, encontre na Câmara um parceiro em quem pode confiar.

Meus amigos,

Para todas aquelas pessoas que, por qualquer motivo, têm menos oportunidades do que a maioria dos cidadãos, devemos conseguir atenuar as diferenças, devolvendo a dignidade a esses cidadãos e facilitando a sua integração na nossa sociedade.
É um imperativo da Democracia.

Pessoas com deficiência, idosos, desempregados, mulheres, jovens devem merecer uma particular atenção por parte das entidades públicas.

Em parceria com as associações, públicas e privadas, com voluntários, pessoas que, de uma forma anónima e despretensiosa, realizam um inestimável trabalho, Portimão tem de garantir a plena integração social dos seus cidadãos.

Por outro lado, temos que ter a capacidade de adaptar os serviços sociais locais aos novos problemas de exclusão social com que a nossa terra se depara, face às mudanças da sociedade.

A política social é a marca da esquerda moderna, e nós nunca nos esqueceremos disso.

As disponibilidades financeiras são escassas, mas as questões sociais não podem ser objeto de qualquer redução. É para aqui que devemos canalizar os recursos existentes. Com base no princípio da eficácia, temos de garantir uma gestão eficiente de toda a rede social do município. O nosso objectivo é melhorar substancialmente a qualidade e eficácia dos nossos serviços sociais, colocando-os mais perto das pessoas e mais disponíveis para os seus problemas.

Na educação, no apoio à juventude, no desporto, na cultura, na promoção e apoio ao associativismo, mas também na gestão dos espaços urbanos, vamos ter de aplicar o princípio de fazer mais com menos. A autarquia vai ter de assumir um papel de coordenação das várias políticas. Só assim combateremos os desperdícios, só assim evitaremos duplicações nas respostas. Vamos ter de ser imaginativos no campo das ideias e na procura de soluções, atuando como catalisadores de vontades e, ao mesmo tempo, não transigir com o desperdício e nunca, mas mesmo nunca, abdicar do rigor.

É possível gerir o dinheiro público de forma rigorosa e conseguir dar resposta aos problemas das populações.

Olhemos para os melhores exemplos e não tenhamos receio de os replicar.
Olhemos para as melhores práticas e não tenhamos receio de as aplicar.

Caras e caros amigos,

Esta noite não se resume àquilo que vou fazer enquanto presidente. Esta é também a noite em que vocês, homens e mulheres, jovens e menos jovens, que amam esta cidade, podem fazer por Portimão, mobilizando as vossas famílias e os vossos amigos.
É por isso que esta noite não é só minha. É vossa! É nossa!

Sabemos que temos uma longa batalha pela frente, mas lembremo-nos sempre de que, sejam quais forem os obstáculos que encontremos no caminho, nada resiste à força da união e da vontade.

Sou candidata, somos candidatos, ao Portimão de hoje. A um Portimão que vive num contexto de particular dificuldade, mas que não nos faz desistir da nossa terra nem das nossas gentes.

O combate democrático é uma causa nobre, que tem de ser travado com determinação e, sobretudo, com seriedade, porque os cidadãos eleitores assim o merecem. Pela minha parte, não sei como o fazer de outro modo. Não concebo, aliás, que alguém dispute eleições por motivos meramente táticos ou por conveniência partidária ou pessoal.

A coligação que nos governa, liderada ora pelo PSD ora pelo CDS, conforme as conveniências, tem colocado o Algarve no fundo das suas prioridades. O Algarve não passa de uma nota de rodapé da agenda deste Governo. Por mais remodelações e por mais promessas, aquilo a que assistimos é mais do mesmo.
A nossa região é, infelizmente, campeã no desemprego e na quebra de investimento público. Temos condições para ser o motor da retoma pela qual todo o país anseia, mas, para isso, precisamos de que olhem para nós de outra forma.

Assistimos às maiores incertezas sobre o futuro do nosso hospital. O Governo diz e desdiz no mesmo dia. Em que ficamos, vamos ou não perder valências? Podemos ficar descansados? Infelizmente, parece-me que não.

Pela minha parte, garanto-vos que tudo farei para que tal não aconteça.

Minhas caras e meus caros amigos,

Iniciámos neste Grande Auditório do TEMPO… um novo tempo.
Tempo de arregaçar as mangas. Tempo de esperança.
Tempo de meter mãos à obra.
Tempo de encontrar Novos Rumos para Portimão.
Novos Rumos que se traduzam em novas práticas, mas também em novos protagonistas.
Mulheres e homens de bem, de competência e experiência reconhecidas e comprovadas.
Gente de valores e de princípios,
Gente que quer trabalhar por Portimão e que não precisa da política para trabalhar,
Gente que quer dar o melhor de si a Portimão.
É no meio desta gente que me reconheço, é aqui que me sinto em casa.
Por Alvor, Pela Mexilhoeira Grande e por Portimão, vamos ganhar.
Pelos nossos filhos e pelos filhos dos nossos filhos, vamos vencer.
Por Portimão, Viva Portimão, viva Portugal!»

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