Espanhol veste amarela no dia em que louletano Rui Vinhas foi melhor algarvio

O espanhol Sergio Pardilla (MTN/Qhubeka) venceu no alto da Senhora da Graça e tornou-se o novo camisola amarela da 75ª […]

O espanhol Sergio Pardilla (MTN/Qhubeka) venceu no alto da Senhora da Graça e tornou-se o novo camisola amarela da 75ª Volta a Portugal Liberty Seguros.

Ao quinto dia de prova, na ligação entre Arouca e Mondim de Basto, que culminou com a mítica subida ao “Monte Farinha”, o espanhol de 29 anos, foi o mais forte destronando o anterior líder, o suíço Marcel Wyss (IAM Cycling).

Após a duríssima etapa deste domingo com a extensão de 181,4 Km, Sergio Pardilla chegou ao comando da prova mas tem exatamente com o mesmo tempo de Rui Sousa (Efapel/Glassdrive) que saltou para a vice-liderança após o terceiro lugar na tirada atrás de Edgar Pinto (LA Alumínios/Antarte). Os dois portugueses terminaram a 7 segundos do vencedor da etapa.

Apesar da igualdade em tempo, o primeiro lugar da 75ª Volta a Portugal Liberty Seguros é atribuído ao espanhol devido ao desempate pelo número de pontos obtidos pelos corredores em cada etapa.

Profissional desde 2006, Pardilla conseguiu na Senhora da Graça a primeira vitória desta época.”Acredito que tive a experiência do meu lado. Os últimos quilómetros foram muito difíceis, tentei aguentar o mais possível e sempre apercebendo-me de como se encontravam os outros corredores. Em determinado momento achei que devia de arriscar e em boa hora o fiz”, confessou o corredor nascido na região de Castilha la Mancha, que atacou a cerca de dois quilómetros da meta.

Com a conclusão da 4ª etapa não foi apenas a camisola amarela que mudou. Márcio Barbosa (LA Alumínios/Antarte) chegou ao primeiro lugar da montanha, vestindo agora a Camisola Azul Podium.

Rui Sousa (Efapel/Glassdrive) depois do segundo lugar na etapa, comanda a classificação geral por pontos e enverga a Camisola Vermelha Banco BIC.

A Camisola Branca RTP, para o melhor jovem, mantém-se na posse do cazaque Vladislav Gorbunov (Astana).

 

Houve antes e depois da subida à Senhora da Graça

 

Num dia importante, como todos os que terminam em Mondim de Basto (Senhora da Graça), a etapa iniciou-se com diversas movimentações.

Um ataque do campeão português de fundo, Joni Brandão (Efapel/Glassdrive), deu origem a que se formasse na frente um grupo de 18 corredores.

Em mais um dia de intenso calor, o termómetro chegou a marcar 45ºC, os corredores tiveram também de enfrentar as dificuldades do percurso. Depois de três prémios de montanha de terceira categoria, a subida ao Alvão, uma contagem de primeira, reduziu a fuga a seis unidades entre os quais se destacou Márcio Barbosa (LA Alumínios/Antarte) que chegou à liderança da classificação montanha.

Depois da passagem pelo centro de Mondim de Basto, onde mais uma vez um mar de gente aplaudiu a passagem da caravana, a situação da corrida mudou radicalmente.

Na subida final, os fugitivos foram alcançados, sendo o último sobrevivente o espanhol Antonio Olmo (Louletano/Dunas Douradas).

Com a equipa da Efapel/Glassdrive a tomar o controlo da corrida, o camisola amarela, Marcel Wyss (IAM Cycling), perdeu o contacto com o grupo principal, assim como Hugo Sabido (LA Alumínios/Antarte), o segundo classificado da Volta no último ano.

A dois quilómetros da meta Sergio Pardilla (MTN/Qhubeka) atacou e anulou Vergílio Santos (Rádio Popular/Onda) que, por instantes, ainda tentou a sorte.

O espanhol do conjunto sul-africano arrancou de forma explosiva para uma vitória clara com Edgar Pinto (LA Alumínios/Antarte) a terminar no segundo lugar e Rui Sousa (Efapel/Glassdrive), o terceiro, ambos a sete segundos do vencedor.

Era exatamente essa a diferença de tempo que existia entre Sousa e Pardilla antes da 4ª etapa.

 

Rui Vinhas (Louletano/Dunas Douradas) foi o melhor das equipas algarvias

 

Henrique Casimiro, da equipa Banco BIC/Carmim, de Tavira

Rui Vinhas (Louletano/Dunas Douradas), em 11º lugar, foi o primeiro ciclista das equipas algarvias a chegar ao alto da Senhora da Graça, uma contagem de montanha de primeira categoria em Mondim de Basto. O atleta da formação de Loulé é também o melhor na classificação Geral, onde ocupa o 12º posto.

Quanto à equipa profissional de Tavira, Banco BIC/Carmim, o destaque vai para Henrique Casimiro. O alentejano ultrapassou o grande primeiro teste, ao cortar a linha da meta sob intenso calor na 13ª posição, com 52 segundos de diferença para o vencedor Sérgio Pardilla (MTN/Qhubeca).

A partida da etapa aconteceu em Arouca e viu o ponto final após 181,4 quilómetros repletos de sobe e desce, num percurso duríssimo com três contagens de montanha de terceira categoria e duas den primeira, a última instalada na meta.

O ciclista angolano Walter da Silva, da equipa Banco BIC/Carmim, de Tavira

No entanto, e apesar do perfil do traçado não ir ao encontro das características do atleta angolano Walter da Silva, o ciclista do Banco BIC/Carmim ultrapassou as severas dificuldades e concluiu a sua jornada.

Na tabela geral, Casimiro sobe à 18ª posição, a 1 minuto e 43 segundos do líder. Segue-se David Livramento, em 33ª posição, a 5 minutos e 25 segundos do primeiro posto.
5ª Etapa – 12 agosto


Lousada – Oliveira do Bairro

Antes do dia de descanso da Volta e após um interregno de 39 anos, Lousada vai regressar à mais prestigiada competição velocipédica portuguesa. Esta segunda-feira, o dia de competição começa em Lousada e termina em Oliveira do Bairro. A partida será dada às 12h35 e quando os corredores cruzarem a linha da meta, cerca das 17h20, terão disso cumpridos os 919,3 km da primeira metade da Volta 2013.

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