Cirurgia inédita do Serviço de Otorrinolaringologia de Portimão ajuda criança a ouvir

A primeira intervenção de um implante Baha (Bone Anchored Hearing Aid – ou em português, implante osteointegrado) numa pequena utente […]

A primeira intervenção de um implante Baha (Bone Anchored Hearing Aid – ou em português, implante osteointegrado) numa pequena utente do Serviço de Otorrinolaringologia, foi feito no dia 28 de junho na Unidade Hospitalar de Portimão do Centro Hospitalar do Algarve.

Esta menina, de 5 anos, nasceu no hospital de Portimão e é portadora de malformação do pavilhão e de agenésia do canal (não tinha canal) auditivo, o que impedia a passagem do som.

A intervenção foi realizada por uma equipa multidisciplinar constituída pelo Diretor da ORL, o médico Ilídio Gonçalves, bem como pelos médicos Lurdes Moreno, Armin Bidarian e José Fial, e pelos enfermeiros Milene Arrobe, Filipe Anes, Helena Marques, Nuno Guerreiro e Carmen Pires e ainda pela assistente operacional Rosa Barbosa.

Intervencionada no Bloco Central desta Unidade, a pequena utente recebeu um implante Baha.

Através da condução óssea, este implante faz passar o som diretamente para o ouvido interno, pela vibração que é produzida na mandíbula e no crânio, sem passar pelo ouvido externo e médio.

Esta condução é feita por um pequeno implante, localizado atrás do pavilhão auditivo no osso mastóide, junto ao crânio, através de um procedimento cirúrgico simples, com anestesia geral ou local.

A Unidade Hospitalar de Portimão do Centro Hospitalar do Algarve explica, em nota de imprensa, que «este sistema tem vindo a sofrer melhorias contínuas, sobretudo a nível da prevenção das infeções e de uma técnica menos invasiva, criando um sistema mais estável junto dos tecidos moles, com maior preservação da pele e do cabelo junto do “ponto de contacto” que é revestido de hidroxiapatite, um dos principais constituintes da estrutura óssea, que tem vindo a provar-se ser de utilização benéfica, quer em adultos, quer em crianças, com expressiva diminuição dos tempos cirúrgico e de recuperação».

«O principal benefício desta prática, neste caso, é permitir a binauralidade (ouvir dos dois ouvidos) com a inerente localização da fonte sonora e a estimulação de toda a via auditiva, que possibilita um desempenho auditivo semelhante ao das outras crianças», acrescenta o Hospital.

A pequena utente que recebeu este implante osteointegrado, sob anestesia geral (por ser criança), já era utilizadora do sistema Baha, através de um implante externo que consiste numa fita, ajustável, que se coloca em volta da cabeça do bebé, permitindo a passagem do som através da pressão exercida na estrutura óssea.

 

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