Bloco só se candidata à Assembleia e a freguesias em Loulé para não «dividir forças» à Esquerda

O Bloco de Esquerda vai candidatar-se em Loulé «para vencer o medo e recuperar a esperança», assumindo o objetivo de […]

O Bloco de Esquerda vai candidatar-se em Loulé «para vencer o medo e recuperar a esperança», assumindo o objetivo de «derrotar a candidatura do PSD à Câmara de Loulé» nas urnas, a 29 de setembro. O Bloco apresentou candidaturas à Assembleia Municipal de Loulé, lista encabeçada por Carlos José Martins, bem como às Assembleias de Freguesia de Quarteira, S. Clemente e S. Sebastião, mas ficou de  fora da luta pela presidência da autarquia, uma decisão que pode ser interpretada como uma ajuda à candidatura do PS, liderada por Vítor Aleixo.

«Concorrer a órgãos onde à partida não teríamos possibilidades de eleição seria dividir forças, tão necessárias para derrotar o PSD/CDS, réplica local da política de destruição da vida das pessoas e do país», justificou a estrutura local do partido, numa nota de imprensa.

Apesar de não apresentar um candidato à presidência da Câmara, o Bloco assume querer contribuir «para uma derrota nacional do PSD/CDS, e criando as condições para a libertação do nosso país do jugo dos agentes da especulação financeira internacional e dos seus apoiantes em Portugal».

«O Bloco de Esquerda concorre no concelho de Loulé apenas aos órgãos em que tem todas as possibilidades de eleger autarcas e, com isso, de reforçar a sua capacidade de intervenção, propondo em diálogo com as pessoas medidas que possam resolver problemas e concretizar aspirações e, em simultâneo, fiscalizar a atividade dos executivos da Câmara e das Juntas de Freguesia», revelou o partido.

Mesmo sem concorrer à presidência da autarquia, o BE disse que irá propor «um novo modelo de gestão municipal, que valorize as pessoas, que potencie os seus saberes, que dê prioridade à criação de emprego sustentado nos recursos existentes, nas pequenas e médias empresas e que assuma como uma prioridade a qualidade de vida para todos».

«O momento grave que vivemos, no concelho e no país, com a destruição da atividade económica, em particular a que é desenvolvida pelas pequenas e médias empresas, com a taxa real de desemprego a ultrapassar os 20 por cento, com a efetiva redução dos salários de quem ainda trabalha, com a destruição dos serviços públicos, com o saque aos descontos para a Segurança Social para pagar dívida a agiotas comprometendo a muito curto prazo o sistema de reformas, obriga a que coloquemos antes de tudo a dignidade e o interesse das pessoas», defendeu o BE/Loulé.

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