O Algarve é a região do país que dá resposta, na área dos Cuidados Continuados Integrados, a uma maior percentagem da sua população, em especial nos utentes com mais de 65 anos, de acordo com o relatório de implementação e monitorização da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), divulgado no início deste mês pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).
A percentagem da região do Algarve é mesmo cerca de duas vezes e meia superior à média nacional, salienta a Administração Regional de Saúde do Algarve (ARS), em nota de imprensa.
Em 2012, foram assistidos 4480 utentes com mais de 65 anos nas várias unidades de internamento e pelas equipas de cuidados continuados integrados da Região do Algarve, dos 88404 habitantes da Região com idade superior a 65 anos segundo os censos de 2011, o que corresponde a cerca de 5,1% de população assistida nesta faixa etária e potenciais utilizadores da rede.
O relatório salienta ainda que, analisando os valores acumulados desde o início da RNCCI, a tendência de crescimento mantém-se, verificando-se que o Algarve, entre 2006 e 2012, foi a região do país que deu resposta a maior percentagem da sua população no grupo etário com idade igual ou superior a 65 anos, tendo prestado assistência a um total de 15 537 utentes.
Do total de utentes referenciados por região, o Algarve referenciou para a RNCCI 44,3% em 2011 e 53,1% em 2012 dos seus utentes para as equipas de cuidados continuados integrados.
É mesmo a região do País com maior percentagem de referenciação para esta tipologia, cumprindo assim um dos objetivos específicos da RNCCI, que é a manutenção das pessoas com perda de funcionalidade, ou em risco de a perder, no domicílio, através do apoio e prestação de cuidados dos profissionais de saúde das ECCI.
A ARS do Algarve salienta, na sua nota de imprensa, que esta região «tem apostado, de forma sustentada e rigorosa, no reforço destas equipas, existindo atualmente 32 equipas (sendo uma delas de suporte em cuidados paliativos), distribuídas pelas Unidades de Cuidados na Comunidade dos três Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) (Barlavento, Central e Sotavento), que abrangem todo o território e prestam cuidados em todos os concelhos.
Em simultâneo, foram criadas 432 camas de internamento na região, divididas pelas diversas tipologias destinadas a cuidados continuados a pessoas dependentes.
Até ao final deste ano está prevista a entrada em funcionamento de mais duas Unidades, construídas no âmbito do Programa Modelar II, do Ministério da Saúde, situadas em Estoi (Faro) e Aljezur.
A primeira delas encontra-se na fase de aquisição de equipamentos e obtenção dos necessários licenciamentos e a segunda em fase avançada de construção, prevendo-se terminar o ano com um total de cerca de 500 camas.
Face aos resultados agora divulgados, o Conselho Diretivo da ARS Algarve salienta, em nota de imprensa, «o trabalho desenvolvido por todos aqueles que diariamente contribuem com o seu empenho e dedicação em prol da melhoria da prestação de cuidados continuados integrados na Região do Algarve».
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