PS Algarve exige conhecer «modelo preconizado» para o Centro Hospitalar do Algarve

O PS Algarve diz observar «com apreensão, a incerteza e o encobrimento» que envolve o processo de criação do Centro […]

O PS Algarve diz observar «com apreensão, a incerteza e o encobrimento» que envolve o processo de criação do Centro Hospitalar do Algarve e exige «conhecer o modelo de organização de serviços preconizado».

Em comunicado, os socialistas algarvios criticam a «falta de definição do modelo de reestruturação que se pretende implementar e de envolvimento dos profissionais de saúde e dos representantes das populações».

O PS considera ainda que as recentes demissões de Martins dos Santos e Ana Costa, presidente e vogal do Conselho Diretivo da ARS Algarve, «trazem à praça pública a inexistência de uma estratégia para a região em termos de saúde».

«A saída destes dirigentes, supostamente por discordarem das pretensões de reorganização dos serviços hospitalares, com a criação do Centro Hospitalar do Algarve, alegadamente defendida pelo Ministro da Saúde, evidencia, por um lado, a falta de um estudo prévio suporte à criação do Centro Hospitalar, e por outro lado, a ausência de uma ideia clara do que se pretende em termos de saúde para o Algarve», sublinham.

António Eusébio, presidente do PS Algarve, já antes havia denunciado a «pouca transparência» do processo de criação do Centro Hospitalar do Algarve, que considera «completamente à margem das populações e dos profissionais de saúde».

Solicitou, então, a disponibilização dos estudos prévios suporte à implementação deste novo modelo de organização dos hospitais no Algarve, não tendo, contudo, obtido qualquer resposta.

A nomeação do até agora presidente do Conselho de Administração do Hospital de Faro para presidir ao órgão de gestão do Centro Hospitalar, Pedro Nunes, também não é vista pelo PS como «um factor de tranquilização».

Aliás, «suscita algumas interrogações face ao decréscimo acentuado de produtividade verificada no Hospital de Faro com a sua gestão, quer em consultas externas, quer em intervenções cirúrgicas».

«Acresce que esta diminuição de produtividade, bastante prejudicial para os algarvios, que carecem dos cuidados de saúde, nem sequer foi acompanhada de um decréscimo proporcional na despesa efetuada», denuncia o PS/Algarve.

Os socialistas algarvios dizem identificar-se com a posição assumida pelos deputados socialistas, Miguel Freitas e João Soares, considerando mesmo «inadmissível» que o Ministério da Saúde não tenha ainda respondido ao requerimento apresentado por aqueles deputados com o intuito de serem informados acerca dos impactos nos profissionais e nas populações provocados pela reorganização dos serviços e sobre a evolução das cirurgias dos hospitais algarvios.

António Eusébio, presidente do PS Algarve, «solidariza-se, ainda com as populações algarvias que, de um modo mais direto, encontram-se na iminência de serem cerceadas na qualidade, e mesmo acessibilidade, aos cuidados de saúde hospitalares».

O líder dos socialistas algarvios afirma que se manterá «atento» e pugnará «pela defesa da manutenção dos serviços necessários a toda a população algarvia, bem como àqueles que nos visitam».

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