Paulo Portas vai ser vice primeiro-ministro, com a responsabilidade pela coordenação das políticas económicas, do relacionamento com a troika e da reforma do Estado.
Esta será, pelo menos, a proposta que saiu das reuniões entre os líderes dos dois partidos que sustentam a coligação governamental e que primeiro-ministro Passos Coelho apresentou ao Presidente da República que Paulo Portas.
Numa declaração feita este sábado em Lisboa, tendo Paulo Portas ao seu lado, o primeiro-ministro Passos Coelho disse ainda que o acordo para assegurar a continuidade da coligação governamental PSD/CDS prevê também a manutenção de Maria Luís Albuquerque como ministra de Estado e das Finanças.
Haverá ainda «alterações profundas na organização do Governo», acrescentou o primeiro-ministro, não adiantando pormenores sobre o que muda.
Com estas alterações à estrutura do Governo, o líder do CDS/PP fica hierarquicamente acima da ministra de Estado Maria Luís Albuquerque, cuja nomeação foi, na terça-feira, a razão invocada por Portas para a sua demissão.
Estas alterações terão ainda de ser aprovadas pelo Presidente da República, mas o seu anúncio, caso obtenham o sim presidencial, só deve ser feito na terça-feira, depois de Cavaco Silva ter ouvido os restantes partidos.
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