Em Olhão também se vai a banhos (de cultura) no Museu

O Museu de Olhão propõe cinco exposições aos que visitarem a cidade, já que as «férias de verão não são […]

O Museu de Olhão propõe cinco exposições aos que visitarem a cidade, já que as «férias de verão não são necessariamente para dedicar em exclusivo à praia».

Além das mostras permanentes dedicadas à herança romana do concelho e aos compromisso marítimos, este espaço cultural oferece ainda exposições temporárias sobre os profissionais da pesca, o sal e o jornal «O Olhanense».

Assim, quem quiser tomar um banho de cultura, entre um e outro banho de mar, pode ver as mostras «A Presença Romana no Concelho de Olhão», «Compromissos Marítimos», «Os Pescadores», «O Olhanense» e «O Sal de Olhão», de terça a sexta-feira das 10 horas às 12h30 e das 14 horas às 17h30 e aos sábados das 10 às 13 horas. O Museu de Olhão fica situado no Largo da Restauração, frente à Igreja Matriz.

«Nas diferentes salas do Museu Municipal de Olhão, podemos conhecer as ‘estórias’ por detrás da história destes temas, num edifício, o Compromisso Marítimo, que é mais um motivo de visita, devido ao seu grande valor histórico. O Compromisso Marítimo de Olhão, criado para apoiar os pescadores da cidade possuía, no piso térreo, uma botica (farmácia) e um açougue para serviço dos mareantes. No andar nobre localizava-se a Sala dos Despachos que apresenta uma pintura no forro de madeira da cobertura onde se destaca o brasão das armas reais portuguesas», descreveu a Câmara de Olhão, numa nota de imprensa.

 

Sobre as mostras:

A «Presença Romana no Concelho de Olhão» mostra parte significativa da herança desse povo neste concelho, recorrendo para isso a algumas peças de um acervo vasto e singular do ponto de vista científico, proveniente do Museu Paroquial de Moncarapacho. É, por isso, uma oportunidade única de descobrir ou mesmo reencontrar peças que fazem parte de um dos capítulos mais importantes da história do Concelho.

A mostra fotográfica «Os Pescadores» ilustra duas narrativas de Olhão: uma, publicada em 1922 por Raul Brandão e outra fotografada na atualidade por Luísa Soares Teixeira. Procura-se demonstrar que o meio mudou mas que os homens continuam “simples porque a profissão é simples e o meio, grande e eterno, não os corrompe”.

A exposição sobre o jornal local «O Olhanense», publicado pela primeira vez a 15 de maio de 1963, com a denominação original “Sporting Olhanense” passando a ter, por volta dos anos 80, a denominação atual, exibe alguns dos passos dados pela publicação ao longo de 50 anos. O jornal manteve, até hoje, a sua regular publicação, sendo um dos jornais locais há mais tempo em funcionamento ininterrupto na região.

O «Sal de Olhão», produto caraterístico deste concelho com grande relevância socioeconómica, é uma mostra onde se pretende evidenciar a importância da atividade salineira no território olhanense. Importa, justamente, divulgar o património cultural associado às marinhas, termo português mais antigo para designar ‘salina’, que se reveste de grande riqueza enquanto testemunho histórico, cultural e natural da região.

A exposição «Compromissos Marítimos» propõe um olhar sobre as diferentes dimensões em que operavam os Compromissos Marítimos, associações de mareantes, também conhecidos por Irmandades ou Confrarias do Corpo Santo, e que tiveram forte impacto nas comunidades onde foram criados.

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