António Rosa Mendes distinguido a título póstumo pelo Município de Olhão

A proposta da Câmara Municipal de Olhão de atribuir a Medalha de Honra do Município, a título póstumo, ao professor […]

A proposta da Câmara Municipal de Olhão de atribuir a Medalha de Honra do Município, a título póstumo, ao professor doutor António Rosa Mendes, foi aprovada por unanimidade e aclamação, na última reunião da Assembleia Municipal.

O historiador e professor universitário, recentemente falecido, foi um importante defensor e divulgador da cultura e história olhanenses.

A data da cerimónia de atribuição da medalha será divulgada oportunamente, devendo contar com a presença da família mais próxima do professor, que será homenageado no Salão Nobre dos Paços do Concelho.

António Rosa Mendes, um acérrimo defensor do seu Algarve e com participação regular em muitos eventos realizados em Olhão, onde se abordaram a cultura e as gentes locais, foi o coordenador do programa de atividades promovido a propósito dos 200 anos (1808-2008) da elevação de Olhão a Vila da Restauração.

Dentro desta iniciativa, repleta de atividades durante todo o ano, merece especial destaque o congresso histórico “Olhão, o Algarve e Portugal, no Tempo das Invasões Francesas”, do qual o Prof. Rosa Mendes foi o responsável científico.

As atas do congresso foram publicadas no ano passado, contando com a presença do historiador, que fez a apresentação da obra.

Ainda no âmbito dos 200 Anos da Restauração, foi consultor da exposição “Olhão – 200 Anos da Restauração”, que esteve patente no Museu da Cidade durante todo o ano das comemorações.

António Rosa Mendes era a pessoa que mais sabia sobre a história de Olhão, colaborando com o município inúmeras vezes para apresentar e esclarecer os olhanenses e demais público sobre a história heróica do seu povo.

Entre outras publicações, como a Edição Revista e Atualizada do Manuscrito de João da Rosa por António Rosa Mendes, Helena Vinagre e Veralisa Brandão e anotações de António Rosa Mendes (edição da Câmara Municipal de Olhão) e a Edição Fac-Similada do Alvará de 15 de Novembro de 1808, que instituiu o Lugar de Olhão em Vila de Olhão da Restauração (edição da Câmara Municipal de Olhão, produção do Museu e do Arquivo Histórico de Olhão e Nota explicativa de António Rosa Mendes), Olhão Fez-se a Si Próprio, obra da autoria do Professor, é a mais recente e completa obra publicada sobre a história de Olhão, numa edição da Gente Singular Editora.

A publicação carateriza-se por uma linguagem simples e acessível a todos, pretensão do autor desde que começou a redigi-la. Curioso e demonstrativo do amor que nutria por Olhão é o facto de ter dedicado o livro à cidade, que apelidou de sua madrinha…Olhão madrinha do povo, madrasta é que não.

António Rosa Mendes participou ainda na publicação Olhão nos Primeiros Dias da República, edição da Câmara Municipal de Olhão e produção/conceção do Arquivo Histórico Municipal de Olhão, com textos de António Rosa Mendes e Helena Vinagre.

Homem íntegro, humilde, desprendido, amigo, culto e com um sentido cívico sempre presente e muito apurado, tinha um sentido de humor que o caraterizava de forma ímpar.

“Era uma pessoa excepcional, como não há muitas. Deixa muita pena…como amigo (verdadeiro) e como homem de cultura, com o qual aprendíamos sempre, sempre qualquer coisa”, diz um dos amigos e admirador de António Rosa Mendes.

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