Produtora UAU anima Palácio de Congressos do Algarve e promete ficar todo o ano

Chegam para animar o verão, mas prometem ficar e proporcionar eventos culturais aos algarvios durante todo o ano.  A produtora […]

Chegam para animar o verão, mas prometem ficar e proporcionar eventos culturais aos algarvios durante todo o ano.  A produtora portuguesa «UAU» assumiu a programação cultural do Palácio de Congressos do Algarve, nos Salgados, em Albufeira, oferta que será lançada já este sábado com a inauguração de uma exposição de animais exóticos.

Esta mostra, que é inaugurada hoje às 15 horas, vai decorrer na sala de exposições existente no espaço de congressos do complexo turístico situado junto à Lagoa dos Salgados. O Palácio de Congressos do Algarve fica situado junto ao Grande Hotel dos Salgados.

Aqui poderão ser vistos de perto (e, em algumas ocasiões, até tocados) animais que estamos pouco habituados a ver ao vivo, como lagartos, camaleões, cobras, tarântulas e escorpiões, entre outros, num total de cem animais. A exposição estará patente até final de agosto e pode ser vista das 15 às 23 horas.

O Sul Informação tem para oferecer, em parceria com a UAU Produções, dez bilhetes para a exposição, que atribuiremos em passatempos que iremos lançar no nosso site. Fique atento ao nosso jornal hoje e amanhã.

Esta é a primeira de cinco propostas «todas orientadas á família» que a UAU trará nos próximos meses à região, segundo o diretor da «UAU» Paulo Dias, que esteve à conversa com o Sul Informação e com a Rádio Universitária do Algarve. «Depois, vamos fazer uma análise, para descobrir qual o melhor caminho a seguir», acrescentou.

Em julho e agosto, a sala de espetáculos (também usada para conferências) com 1500 lugares, igualmente situada no amplo Palácio de Congressos do Algarve vai acolher a comédia «Lar, Doce Lar», de Maria Rueff e Joaquim Monchique, a fadista Kátia Guerreiro, o espetáculo  de «Xana Toc-Toc» e um bailado no gelo de produção nacional.

A peça «Lar, Doce Lar» que valeu, recentemente, o Globo de Ouro de melhor atriz a Maria Rueff e que já quase chegou aos «cem mil espetadores e tem esgotado quase sempre» no seu périplo pelo país, estará em Albufeira entre os dias 25 de julho e 3 de agosto. Ao todo, haverá seis espetáculos neste período.

Entre 6 e 11 de agosto, a proposta é mais orientada aos mais pequenos,  com a peça «Branca de Neve no Gelo», numa «produção cem por cento portuguesa.

A 14 de agosto, a UAU aposta na fadista Katia Guerreiro, numa iniciativa que, admitiu Paulo Dias, pisca o olho não só ao público nacional, mas também aos turistas estrangeiros.

«Xana Toc-Toc», animadora infantil da TV que protagoniza «um dos programas de maior sucesso em Portugal» para os mais pequenos, vai estar nos dias 16 e 17 de agosto.

A partir de outubro, a produtora trará «um ou dois espetáculos por mês» à mesma sala algarvia, assegurou.

 

Depois de Lisboa e Porto, UAU Produções aposta no Algarve

«Este ano estamos um pouco virados ao Sul. Temos trabalhado muito a região de Lisboa e do Porto e este ano decidimos aceitar reabilitar o Palácio de Congresso do Algarve, uma ideia que partiu da CS Hotéis, com a nova administração que está a tomar conta deste projeto», revelou Paulo Dias.

«Começámos a olhar para a proposta e dissemos: porque não? Colocámos algumas reticências, pois não nos parecia bem que viéssemos para o algarve em junho, Julho e agosto e nos fossemos embora. Assim, fizemos um projeto que é mais ambicioso, que pretende fazer espetáculos ao longo de todo o ano», disse.

Paulo Dias assume que a vinda da UAU para o Algarve, para garantir a programação de um espaço, foi algo «circunstancial». «Dizem-te: vem conhecer aqui este espaço, o Palácio de Congressos do Algarve.  E tu pensas: ai, ai, o que é isso? Aliás, ainda hoje ninguém sabe ainda muito bem o que é. Mas é um complexo gigantesco, fabuloso e muito bem equipado. E é, garanto, uma das salas mais confortáveis deste país, e eu conheço muitas, com 1500 lugares», descreveu.

O desconhecimento referido tem muito a ver com o facto de complexo turístico onde se encontra o espaço que a UAU vai dinamizar ter passado por um período de incerteza logo desde o início, devido ao processo de insolvência do Grupo CS Hotéis, ao qual pertencia. Hoje, as unidades hoteleiras que o compõem estão já a abrir, depois de assumidas por nova gerência.

«Alguém teve a boa ideia de criar no Algarve uma sala à séria e, embora seja muito vocacionada para congressos, em termos culturais é também um espaço a aproveitar. Foi esse buraquinho de oportunidade que nós vimos e vamos viver a par e no meio dos congressos», disse.

 

Educação de públicos é objetivo

Paulo Dias admite que este é «um desafio», mas garante que a empresa que dirige está habituada a arriscar. «Nós comprámos o Teatro Tivoli em Lisboa, há cerca de dois anos, o que foi um investimento enorme, principalmente para esta altura», ilustrou.

«Mas eu acredito que, como noutros locais, nem tudo o que foi feito no Algarve tem sido bom e que as pessoas que aqui estão têm a mentalidade muito virada para a sazonalidade. Está tudo muito encostado às paredes sem querer fazer grande coisa. E é isto que tentaremos contrariar.

O diretor da UAU disse que irá «tentar criar uma programação contínua», frisando que o sucesso não está garantido e «fazer com que as pessoas se habituem que ali vão acontecendo coisas com a marca UAU, projetos de qualidade e que o público que lá vá se sinta bem tratado e com acompanhamento permanente», algo que, considera, não tem acontecido na região.

«Durante muito tempo, a Câmara A ou B faz muita coisa instantaneamente e depois desaparece. Entretanto, aparecem projetos como o Algarve, onde se gastam milhões de euros e quando acaba não deixa história. E eu acho que é preciso, obviamente com apoios locais, mas de forma privada, tentar arranjar um fio condutor para tudo isto. Que não viva das borlas, nem das políticas, nem nada disso», disse.

Paulo Dias frisou, ainda assim, que tem encontrado abertura em entidades locais, nomeadamente no apoio á divulgação, já que «nem tudo é dinheiro», nomeadamente da parte do Turismo do Algarve e das autarquias de Albufeira e de Portimão.

Toda a estratégia da UAU assenta, «principalmente, na formação de públicos», até porque, garantiu, o objetivo da produtora é «estar, acima de tudo, a favor da população do Algarve».

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