Miguel Praia volta a correr no Autódromo do Algarve

O piloto português Miguel Praia volta este fim de semana a correr no Autódromo do Algarve, que tão bem conhece, […]

O piloto português Miguel Praia volta este fim de semana a correr no Autódromo do Algarve, que tão bem conhece, fazendo assim um curta pausa na sua participação no Campeonato «Moto 1000 GP» no Brasil.

Numa moto Honda CBR 600RR, ao serviço da equipa italiana Lorini Honda, que disputa a categoria de Supersport, Miguel Praia quer «colocar a mota nos pontos, algo que a equipa dificilmente tem feito nestes últimos tempos», disse ontem o piloto, durante uma visita ao Museu de Portimão.

«Este ano estou um pouco melhor face a 2012 em termos físicos. No ano passado, treinei de forma intensa, mas faltava-me ritmo de corrida, algo que este ano sinto estar melhor, devido às provas que tenho feito no Brasil. Por isso estou mais confiante, mas a classe Supersport é muito competitiva e meio segundo pode valer muitos lugares na grelha de partida ou na corrida, por isso não quero para já definir objectivos muito ambiciosos. Quero gerir o fim-de-semana sessão após sessão e só no final da qualificação pensar no que posso mesmo aspirar em termos de corrida», disse o piloto de Albufeira.

No Brasil, no «Moto 1000 GP», explicou Praia, é «outro panorama, outras provas e outro nível de competição». O campeonato em que o português participa tem «sete estrangeiros na grelha de partida», sendo já « o campeonato mais importante no Brasil e na América do Sul», quase uma espécie de «campeonato do mundo».

Apesar de a sua Honda ser «uma moto com a qual é difícil vencer corridas», Miguel Praia regista com satisfação que «já começámos a colocar a moto nos primeiros lugares». Mas o piloto esclarece que a sua presença no forte campeonato brasileiro, um convite que surgiu por ser o embaixador da Honda em Portugal, «é muito mais do que condução. É sobretudo para participar no desenvolvimento da modalidade no Brasil».

A experiência, garantiu, está a ser muito positiva, para mais porque «o nível da competição é muito forte e a organização é muito boa».

 

Pilotos, catapalanas e um chef “estrelado”

 

Mas o que fazia Miguel Praia no Museu de Portimão? Era um dos oito pilotos – seis de Superbikes e dois de Supersport – que ontem à tarde, no espaço exterior do Museu, tendo o Rio Arade como cenário, aprenderam com o “estrelado” chef Hans Neuner, do Restaurante Ocean, do Vila Vita Parc Resort & Spa (2 estrelas Michelin), a confecionar uma cataplana.

Estiveram presentes os pilotos de Superbike Eugene Laverty (Aprilia Racing Team), Marco Melandri (BMW Motorrad GoldBet SBK Team),  Loris Baz (Kawasaki Racing Team), Leon Haslam (Pata Honda World Superbike Team),  Jules Cluzel (FIXI Crescent Suzuki) e Carlos Checa (Team Ducati Alstare), bem como Miguel Praia (Team Lorini Honda) e Sam Lowes (Yakhnich Motorsport), da categoria Supersport.

Os pilotos divertiram-se, a cortar pimentos de várias cores, cebolas e coentros bem fininhos, sob o olhar atento de Hans Neuner e dos seus chefes adjuntos. «Tens que cortar isto em tiras muito finas, com rapidez», explicava Neuner a Carlos Checa. «Com rapidez? Mas olha que eu preciso dos dedos!», respondeu, bem disposto, o piloto do Team Ducati Alstare.

No fim, ninguém cortou dedos, mas, para a degustação, o que valeu foi a cataplana que os chefes adjuntos prepararam, ali à vista de todos. A comida, que cheirava muito bem, foi servida em micro cataplanas e todos gostaram.

No meio das pessoas que se juntaram à festa, estava um grupo de irlandeses bem dispostos, que aproveitaram para provar o bom vinho branco e a cataplana, que acharam «simplesmente deliciosa».

Durante a sessão de fotografias, uma das senhoras irlandesas não se coibiu de dirigir piropos ao bem parecido chef Hans Neuner, dizendo «até o comia!», corrigindo depois, com uma gargalhada, «comia a comida». Neuner, que nesse momento posava para fotos com Miguel Praia quase ao lado da senhora, até corou ligeiramente…

 

Visita relâmpago ao Museu de Portimão

 

Depois da lição de alta cozinha e da degustação, e com muitas fotos pelo meio, o grupo de oito pilotos, acompanhantes e jornalistas entrou então no Museu de Portimão, para uma super rápida visita…e mais fotografias. De todo o grupo, quem se mostrou verdadeiramente interessado no que estava a ver foi Carlos Checa, que fez algumas perguntas e, no fim, comentou: «que belo Museu!».

Durante a visita relâmpago, algo caótica, houve até tempo para brincadeiras, com um dos pilotos a tentar deitar outro na caminha de bebé da antiga creche da fábrica de conservas que deu lugar ao Museu…os funcionários fizeram um sorriso amarelo perante a brincadeira, já que o frágil berço é uma peça importante do Museu. Mas tudo correu bem.

O grupo de pilotos seguiu depois para o Centro Comercial Continente em Portimão para uma sessão de autógrafos, que contou com centenas de fãs.

O português Miguel Praia recebeu muito apoio das centenas de portugueses que acorreram à sessão de autógrafos e no final revelou mesmo que, além do muito apoio que sempre recebeu no Autódromo Internacional do Algarve, espera igualmente que «os portugueses marquem presença de forma intensa na bancada. São muitos os que gostam de motociclismo no nosso país e espero sinceramente que as bancadas estejam cheias este fim-de-semana. Será uma motivação extra, não apenas para mim, mas para todos os pilotos do campeonato».

De hoje até domingo, o Autódromo Internacional do Algarve recebe a prova do Campeonato do Mundo de Superbike, bem como outras provas paralelas, nomeadamente a de Supersport, onde Miguel Praia participa.

O Algarve recebe a sexta ronda do Campeonato Mundial de Superbikes, com quinze etapas, naquele que é o maior evento internacional de motociclismo a realizar-se em Portugal em 2013.

Esta é a sexta vez consecutiva que a pista portimonense recebe a prova, onde estarão em competição, além das Superbikes, motos das categorias SuperSport, SuperStock100 e SuperStock600.

 

Veja aqui mais fotos.

 

 

Comentários

pub