O Banco Alimentar Contra a Fome (BACF) do Algarve recolheu cerca de 145 toneladas de alimentos ao longo do fim de semana, na campanha que decorreu no sábado e no domingo em 140 lojas da região algarvia.
As doações diminuíram em relação à recolha da primavera do ano passado, em que se bateu o recorde de doações na região, algo que pode ser justificado pela conjuntura, mas não só.
Outros fatores que não terão ajudado foram o encerramento de alguns estabelecimentos que costumam aderir, com destaque para o Pingo Doce de Loulé, que foi encerrado pela ASAE devido às obras a que está a ser sujeito, o que «faz alguma diferença», segundo a coordenadora logística do BACF do Algarve Ida Martins.
«Com a crise que vivemos, esta diminuição, de cerca de 8 por cento, não é de estranhar. Também houve menos voluntários do que é habitual, já que a campanha coincidiu com o Dia da Criança (sábado, 1 de junho) e com as festividades do Corpo de Deus, que, por ter deixado de ser feriado, foram concentradas no domingo, dia 2 de junho», ilustrou.
Em Faro, houve menos «cento e tal» voluntários do que o habitual, tendência que acabou por não se verificar em Portimão, onde até houve «um ligeiro aumento» de pessoas para ajudar na recolha e no armazém.
Ida Martins realçou a generosidade dos algarvios, que, apesar da diminuição, permitiram uma recolha bem significativa. Quem ainda quiser contribuir, poderá fazê-lo até ao próximo domingo através da Internet, ou comprando vales em estabelecimentos comerciais aderentes.
A nível nacional, os diferentes bancos alimentares regionais recolheram, em conjunto, cerca de 2445 toneladas de bens, segundo anunciou a Federação dos Bancos Alimentares, número semelhante ao da campanha de maio de 2012.
Os alimentos que o BACF do Algarve recolhe são distribuídos por Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) dos 16 municípios algarvios. Esta entidade nunca entrega alimentos diretamente à população, trabalho que é deixado para as instituições que trabalham na área social.
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